Apesar de 2015 ter sido um ano conturbado em todos
os setores, inclusive e especialmente para a ciência e tecnologia, a rede speciesLink teve importantes avanços
relatados a seguir
Iniciamos
o ano de 2015 com 7,1 milhões de registros on-line,
compartilhados por 366 conjuntos de dados, a maioria de coleções biológicas do
país e do exterior. Em outubro, a rede atingiu o marco de 7,8 milhões de
registros e propôs à comunidade um esforço conjunto para fechar o ano com 8
milhões de registros. Infelizmente, ainda em outubro, o Instituto Jardim
Botânico do Rio de Janeiro tomou a decisão de não mais participar da rede, o
que nos surpreendeu principalmente por ter sido a única vez que uma coleção se
desligou da rede. De qualquer forma, em 2015 foram integrados à rede 45 novos
conjuntos de dados, sendo 24 do exterior. Juntas, essas novas coleções passaram
a compartilhar 490 mil registros. Com a digitação de dados das coleções que já participavam da rede, cerca de 900 mil novos registros foram incluídos em 2015. Portanto, fechamos o ano com 7,4
milhões de registros textuais com mais de um milhão de imagens associadas. Trata-se de um resultado muito expressivo que mostra todo empenho das coleções biológicas do país e o interesse das coleções do exterior em desenvolver continuamente essa e-infraestrutura de interesse público.
Outro destaque é o fato da rede contar com a participação de pelo menos uma coleção biológica em cada estado da União (figura 1).
Outro destaque é o fato da rede contar com a participação de pelo menos uma coleção biológica em cada estado da União (figura 1).
Figura 1. Distribuição geográfica dos provedores de
dados da rede speciesLink
Além
do compartilhamento de mais de 120 mil novas imagens de vouchers, em 2015 teve
início a integração de imagens de material vivo. Foram incorporados ao acervo on-line
dados e imagens de quatro fototecas, três de plantas e uma de abelhas que
juntas compartilham mais de 4 mil registros de 1.550 espécies distintas com
cerca de 13 mil imagens associadas.
Figura 2. Imagens on-line da espécie Dimorphandra mollis Benth.
Outros destaques são:
- O compartilhamento de dados de herbários do INCT-Herbário Virtual com as redes GBIF (Global Biodiversity Information Facility) e SiBBr (Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira)
- A parceria estabelecida com o projeto iDigBio, na qual o INCT-Herbário Virtual compartilha mais de três milhões de registros e as coleções da rede iDigBio compartilham 146 mil registros de espécimes coletados no Brasil.
- A integração dos dados dos acervos coletados no Brasil e mantidos no British Museum e no Jardim Botânico de Edimburgo.
- A integração do acervo de peixes da Academy of Natural Sciences da Filadélfia. Esse fato é importante, não só pelo compartilhamento dos cerca de 150 mil registros textuais e 128 imagens, mas pelo fato dessa ter sido a primeira coleção do exterior a espontaneamente solicitar participar da rede speciesLink.
- A integração de mais de 4 mil modelos de distribuição geográfica para 3.562 espécies de plantas e fungos publicadas pelo sistema BioGeo, desenvolvido no escopo do projeto INCT – Herbário Virtual da Flora e dos Fungos, graças ao apoio do CNPq.
Também não podemos deixar de destacar o
lançamento da Rede Comunitária de Educação e Pesquisa de Campinas (Redecomep)
em janeiro de 2015, que provê uma rede de alta velocidade visando a
democratização do acesso à informação e difusão do conhecimento. A colaboração com
a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) certamente é um diferencial, sendo
central para as ações do CRIA, tornando o acesso a seus sistemas muito mais
rápido e seguro.
Quanto ao acesso e uso dos dados, fechamos o
ano com a recuperação de 481 milhões de registros pelos usuários, o que
representa mais de 1,3 milhão de registros recuperados por dia. Mais de três
milhões de imagens foram recuperadas, o que representa cerca de 9 mil imagens
por dia.
Cerca de 95% dos acessos são de usuários do Brasil, seguido pelos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Argentina, Alemanha, China, Índia, França e Colômbia. 22% dos acessos do Brasil são do estado de São Paulo, seguido por Minas Gerais (11%), Rio de Janeiro (9%), Bahia (7%), Paraná (7%), Rio Grande do Sul (6%), Pernambuco (5%), Santa Catarina (4%), Brasília (4%)e Espírito Santo (3%).
As cidades com maior número de acessos são: São Paulo (10%), Rio de Janeiro (7%), Belo Horizonte (6%), Recife (4%), Brasília (4%), Curitiba (3%), Campinas (3%), Salvador (3%), Porto Alegre (3%) e Fortaleza (2%). Mas o mapa de distribuição de usuários mostra que a rede atinge todos os estados do país.
Cerca de 95% dos acessos são de usuários do Brasil, seguido pelos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Argentina, Alemanha, China, Índia, França e Colômbia. 22% dos acessos do Brasil são do estado de São Paulo, seguido por Minas Gerais (11%), Rio de Janeiro (9%), Bahia (7%), Paraná (7%), Rio Grande do Sul (6%), Pernambuco (5%), Santa Catarina (4%), Brasília (4%)e Espírito Santo (3%).
As cidades com maior número de acessos são: São Paulo (10%), Rio de Janeiro (7%), Belo Horizonte (6%), Recife (4%), Brasília (4%), Curitiba (3%), Campinas (3%), Salvador (3%), Porto Alegre (3%) e Fortaleza (2%). Mas o mapa de distribuição de usuários mostra que a rede atinge todos os estados do país.
Figura 3. Mapa da origem dos acessos à rede speciesLink por cidades brasileiras (Fonte: Google Analytics, Jan a Dez 2015)
Por fim, é importante destacar em 2015, a publicação do artigo The importance of biodiversity e-infrastructures
for megadiverse countries pela
equipe do CRIA e colaboradores na PLOS Biology. O artigo ressalta os
excelentes resultados dos investimentos do governo federal no programa de capacitação
em taxonomia e no desenvolvimento do INCT - Herbário Virtual da Flora e dos Fungos,
que resultou no crescimento da quantidade e qualidade de dados on-line por meio da rede speciesLink, e sua correlação com o avanço
científico. Também coloca em pauta a ausência de estratégias e políticas que garantam
a manutenção e o desenvolvimento contínuo das e-infraestruturas de interesse público.
Trata-se de um problema local e global, que põem em risco uma gama de iniciativas
de sucesso em várias disciplinas.
O artigo está disponível
em: http://journals.plos.org/plosbiology/article?id=10.1371/journal.pbio.1002204
Gostaríamos de aproveitar a oportunidade para agradecer a todos os curadores e equipes das centenas de coleções biológicas que estão compartilhando seus dados públicos com a rede e aos dezenas de milhares de usuários que com o seu acesso demonstram a importância do trabalho das coleções biológicas e da equipe de informação/informática e que, com os seus feedbacks contribuem para melhorar a funcionalidade do sistema e a qualidade dos dados.
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