A bolsa de Pós-Doutorado Junior (PDJ) - CAPES concedida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT – Herbário Virtual) foi fundamental para o avanço nas pesquisas do grupo Urticineae, com foco principal na família das urtigas (Urticaceae). O projeto permitiu a qualificação de aproximadamente 11.500 metadados de Urticaceae do INCT – Herbário Virtual, que vem sendo enviados e compartilhados diretamente com os curadores dos herbários participantes da rede de herbários do INCT. Além disso, foram associadas aos metadados cerca de 500 imagens na plataforma da Flora do Brasil 2020. Durante esse trabalho, foram revisados 4.918 binômios de Urticaceae para o mundo, dos quais 855 foram considerados espécies aceitas para a região Neotropical. Foram publicados seis artigos científicos no período, onde constam parte da pesquisa realizada junto ao INCT, durante o desenvolvimento da bolsa PDJ. Cabe ressaltar ainda, as publicações das monografias de sete gêneros de Urticaceae (Boehmeria, Coussapoa, Phenax, Pourouma, Pouzolzia, Urera e Urtica) na Flora do Brasil 2020 online, participações nos Congressos Nacional e Latinoamericano de Botânica e a formação de recursos humanos por meio da orientação e coorientação de mestrados. Os resultados obtidos através da bolsa PDJ/CAPES/INCT, demonstram a importância da qualificação dos dados junto ao INCT – Herbário Virtual para a credibilidade e eficácia dos estudos realizados através deste instrumento.
20 de dez. de 2018
Nota de divulgação PDJ – INCT – André Luiz Gaglioti
A bolsa de Pós-Doutorado Junior (PDJ) - CAPES concedida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT – Herbário Virtual) foi fundamental para o avanço nas pesquisas do grupo Urticineae, com foco principal na família das urtigas (Urticaceae). O projeto permitiu a qualificação de aproximadamente 11.500 metadados de Urticaceae do INCT – Herbário Virtual, que vem sendo enviados e compartilhados diretamente com os curadores dos herbários participantes da rede de herbários do INCT. Além disso, foram associadas aos metadados cerca de 500 imagens na plataforma da Flora do Brasil 2020. Durante esse trabalho, foram revisados 4.918 binômios de Urticaceae para o mundo, dos quais 855 foram considerados espécies aceitas para a região Neotropical. Foram publicados seis artigos científicos no período, onde constam parte da pesquisa realizada junto ao INCT, durante o desenvolvimento da bolsa PDJ. Cabe ressaltar ainda, as publicações das monografias de sete gêneros de Urticaceae (Boehmeria, Coussapoa, Phenax, Pourouma, Pouzolzia, Urera e Urtica) na Flora do Brasil 2020 online, participações nos Congressos Nacional e Latinoamericano de Botânica e a formação de recursos humanos por meio da orientação e coorientação de mestrados. Os resultados obtidos através da bolsa PDJ/CAPES/INCT, demonstram a importância da qualificação dos dados junto ao INCT – Herbário Virtual para a credibilidade e eficácia dos estudos realizados através deste instrumento.
28 de nov. de 2018
O impacto da digitação e disponibilização dos dados de coleções biológicas
Os impactos ambientais aumentam a demanda e urgência pela disponibilidade de dados de qualidade sobre a ocorrência de espécies no planeta. Nas últimas duas décadas, graças aos avanços das tecnologias digitais houve um aumento exponencial na digitação, integração e disponibilização de dados online para uso em pesquisa, conservação e em outros domínios da ciência sobre biodiversidade. Coleções biológicas em universidades, institutos de pesquisa e museus são essenciais para o desenvolvimento da fronteira do conhecimento em sistemática, ecologia e conservação.
O artigo “The history and impact of digitization and digital data mobilization on biodiversity research, G Nelson, S Ellis - Phil. Trans. R. Soc. B, 2019” resgata a história da digitação dos dados de coleções a partir de 1999, com a recomendação da criação do GBIF (Global Biodiversity Information Facility) pelo fórum da megaciência da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O esforço do CRIA e seus parceiros no desenvolvimento da rede speciesLink é citado entre outros exemplos internacionais. O artigo também destaca diferentes pesquisas que se tornaram possíveis graças a disponibilidade dos dados e ao desenvolvimento de novas ferramentas. Vale a pena conferir!
O artigo “The history and impact of digitization and digital data mobilization on biodiversity research, G Nelson, S Ellis - Phil. Trans. R. Soc. B, 2019” resgata a história da digitação dos dados de coleções a partir de 1999, com a recomendação da criação do GBIF (Global Biodiversity Information Facility) pelo fórum da megaciência da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O esforço do CRIA e seus parceiros no desenvolvimento da rede speciesLink é citado entre outros exemplos internacionais. O artigo também destaca diferentes pesquisas que se tornaram possíveis graças a disponibilidade dos dados e ao desenvolvimento de novas ferramentas. Vale a pena conferir!
26 de nov. de 2018
A importância da qualidade e padronização dos dados sobre biodiversidade
Dois artigos publicados no mês de novembro mostram a importância das e-infraestruturas locais de dados sobre biodiversidade e a necessidade de trabalhar na sua qualidade e padronização: Data Leakage and Loss in Biodiversity Informatics e The Bari Manifesto: An interoperability framework for essential biodiversity variables.
Data Leakage and Loss in Biodiversity Informatics. A. Townsend Peterson, Alex Asase, Dora Ann Lange Canhos, Sidnei de Souza, John Wieczorek. Biodiversity Data Journal 6: e26826. https://doi.org/10.3897/BDJ.6e26826 (07/Nov/2018).
O trabalho apresenta uma análise de três dimensões dos dados acessados: tempo, táxon e local. Os seguintes bancos de dados foram avaliados:
Das três dimensões analisadas, os dados sobre o tempo e táxon foram os mais completos e imediatamente utilizáveis. Considerando os dados do Herbário Virtual (março de 2017), 80,6% dos dados sobre a data da coleta e 66,2% das informações taxonômicos estavam completas com nomes aceitos. No entanto, somente 36,6% dos dados geográficos estavam completos, isso sem considerar dados sobre a precisão da coordenada geográfica. Na rede speciesLink, nenhum registro vindo das coleções possui dados sobre a precisão da coordenada. Somente os registros georreferenciados por aplicativo (por município) é que possuem o erro associado à coordenada geográfica.
O artigo traz informações sobre as outras redes, VertNet e GBIF. A necessidade de trabalhar a qualidade dos dados mostra a importância das e-infraestruturas locais. Redes globais como o GBIF são importantes agregadores de dados, fundamentais para análises globais, mas cabe às redes locais desenvolver aplicativos e compartilhar práticas para melhorar a qualidade dos dados.
The Bari Manifesto: An interoperability framework for essential biodiversity variables. Alex R. Hardisty, William K. Michener, Donat Agosti, EnriqueAlonso García, Lucy Bastin, Lee Belbin, Anne Bowser, Pier Luigi Buttigieg, Dora A.L. Canhos, Willi Egloff, Renato De Giovanni, Rui Figueira, Quentin Groom, Robert P. Guralnick, Donald Hobern, Wim Hugo, Dimitris Koureas, Liqiang Ji, Wouter Los, Jeffrey Manuel, David Manset, Jorrit Poelen, Hannu Saarenmaa, Dmitry Schigel, Paul F.Uhlir, W. Daniel Kissling. Ecological Informatics. Volume 49, January 2019, Pages 22-31.
Variáveis Essenciais da Biodiversidade (Essential Biodiversity Variables - EBVs) são variáveis que podem ser usadas para avaliar a mudança da biodiversidade ao longo do tempo, para determinar a aderência às políticas de biodiversidade, para monitorar o progresso em relação às metas de desenvolvimento sustentável e para rastrear respostas da biodiversidade a distúrbios e intervenções de manejo. Dados de observação ou modelos que fornecem valores de EBVs podem ajudar a medir tendências na biodiversidade, em diferentes escalas - local a global. Para tanto, dados disponíveis nas diferentes e-infraestruturas do mundo precisam estar disponíveis de forma aberta, em formatos utilizáveis e com padrões de qualidade conhecidos. O Bari Manifesto apresenta 10 princípios que podem ser adotados pelas e-infraestruturas de dados sobre biodiversidade existentes e dessa forma promover a sua interoperabilidade e a produção das EBVs.
Ambos os artigos mostram a importância da qualidade dos dados e da inserção das e-infraestruturas locais no contexto global, fundamental para a resolução de problemas locais e contribuindo para o desenvolvimento de políticas visando o uso sustentável dos recursos naturais do planeta.
Data Leakage and Loss in Biodiversity Informatics. A. Townsend Peterson, Alex Asase, Dora Ann Lange Canhos, Sidnei de Souza, John Wieczorek. Biodiversity Data Journal 6: e26826. https://doi.org/10.3897/BDJ.6e26826 (07/Nov/2018).
O trabalho apresenta uma análise de três dimensões dos dados acessados: tempo, táxon e local. Os seguintes bancos de dados foram avaliados:
- coleções ornitológicas do VertNet;
- dados de herbários do GBIF (Global Biodiversity Information Facility); e,
- dados do Herbário Virtual da Flora e dos Fungos na rede speciesLink.
Das três dimensões analisadas, os dados sobre o tempo e táxon foram os mais completos e imediatamente utilizáveis. Considerando os dados do Herbário Virtual (março de 2017), 80,6% dos dados sobre a data da coleta e 66,2% das informações taxonômicos estavam completas com nomes aceitos. No entanto, somente 36,6% dos dados geográficos estavam completos, isso sem considerar dados sobre a precisão da coordenada geográfica. Na rede speciesLink, nenhum registro vindo das coleções possui dados sobre a precisão da coordenada. Somente os registros georreferenciados por aplicativo (por município) é que possuem o erro associado à coordenada geográfica.
O artigo traz informações sobre as outras redes, VertNet e GBIF. A necessidade de trabalhar a qualidade dos dados mostra a importância das e-infraestruturas locais. Redes globais como o GBIF são importantes agregadores de dados, fundamentais para análises globais, mas cabe às redes locais desenvolver aplicativos e compartilhar práticas para melhorar a qualidade dos dados.
The Bari Manifesto: An interoperability framework for essential biodiversity variables. Alex R. Hardisty, William K. Michener, Donat Agosti, EnriqueAlonso García, Lucy Bastin, Lee Belbin, Anne Bowser, Pier Luigi Buttigieg, Dora A.L. Canhos, Willi Egloff, Renato De Giovanni, Rui Figueira, Quentin Groom, Robert P. Guralnick, Donald Hobern, Wim Hugo, Dimitris Koureas, Liqiang Ji, Wouter Los, Jeffrey Manuel, David Manset, Jorrit Poelen, Hannu Saarenmaa, Dmitry Schigel, Paul F.Uhlir, W. Daniel Kissling. Ecological Informatics. Volume 49, January 2019, Pages 22-31.
Variáveis Essenciais da Biodiversidade (Essential Biodiversity Variables - EBVs) são variáveis que podem ser usadas para avaliar a mudança da biodiversidade ao longo do tempo, para determinar a aderência às políticas de biodiversidade, para monitorar o progresso em relação às metas de desenvolvimento sustentável e para rastrear respostas da biodiversidade a distúrbios e intervenções de manejo. Dados de observação ou modelos que fornecem valores de EBVs podem ajudar a medir tendências na biodiversidade, em diferentes escalas - local a global. Para tanto, dados disponíveis nas diferentes e-infraestruturas do mundo precisam estar disponíveis de forma aberta, em formatos utilizáveis e com padrões de qualidade conhecidos. O Bari Manifesto apresenta 10 princípios que podem ser adotados pelas e-infraestruturas de dados sobre biodiversidade existentes e dessa forma promover a sua interoperabilidade e a produção das EBVs.
Ambos os artigos mostram a importância da qualidade dos dados e da inserção das e-infraestruturas locais no contexto global, fundamental para a resolução de problemas locais e contribuindo para o desenvolvimento de políticas visando o uso sustentável dos recursos naturais do planeta.
13 de set. de 2018
Setembro Verde 2018
Reproduzimos a seguir a nota enviada pelo Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Herbário Virtual da Flora e dos Fungos aos curadores dos herbários participantes.
Caros Curadores,
Anualmente, no mês de setembro ocorre a Semana da Primavera dos Museus, e no mês de outubro a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, quando diferentes instituições promovem atividades para integração das suas equipes e dessas com a comunidade. Pensamos que esta seria uma excelente oportunidade para que os herbários da Rede INCT-HVFF, juntos, promovessem atividades que dessem visibilidade à rede e ao mesmo tempo trouxesse benefícios para todos. Assim, sugerimos que em setembro e outubro os herbários promovam ações integradas que visem aprimorar e qualificar o seu banco de dados e, consequentemente, os dados de cada coleção disponibilizados pelo INCT-HVFF. Como estas atividades também visam integrar as equipes, elas podem ter diferentes denominações como oficinas, mutirões, saraus (se permitido colocar música de fundo), recital de poesia (a cada intervalo de 2 horas de trabalho uma poesia declamada ou encenada), ou outros formatos que possam ser comportados no espaço de trabalho onde serão realizadas.
Estamos denominando esta ação de “Setembro Verde 2018”.
As atividades podem envolver a identificação de materiais indeterminados com o auxílio de especialistas da casa ou de instituições próximas, ou mesmo de aposentados, que possam dispor de algum tempo trabalhando com alunos e bolsistas, auxiliando na melhoria da qualidade do acervo.
A separação de duplicatas para envio a especialistas que tenham sido contatados previamente, também poderia ocorrer no contexto das atividades programadas para estas semanas.
Outra iniciativa que pode ser desenvolvida por cada herbário é a correção de nomes de espécies redigidos de forma errada; padronização dos nomes de autores de espécies que muitas vezes não seguem as abreviaturas convencionadas mais recentemente; ou a conversão de coordenadas geográficas consideradas suspeitas por estarem em um sistema diferente do assumido para o banco de dados.
O Anexo apresentado a seguir é um texto preparado pela equipe do CRIA indicando os problemas mais comuns que afetam a recuperação e análise dos dados online. Esperamos que esse texto possa contribuir para o sucesso dessa ação integrada, visando a melhora da qualidade dos dados e fortalecimento das nossas instituições. A equipe do CRIA estará disponível para esclarecer dúvidas e orientar as ações.
Esperamos que esta iniciativa tenha o apoio de todos os herbários participantes da Rede INCT-HVFF, e que, dessa forma, possamos avançar na construção de uma rede mais sólida e útil para todos.
Um abraço a todos,
Comitê Gestor
INCT – Herbário Virtual da Flora e dos Fungos
2. Busca
por família=naobranco e Nome
científico=embranco, com imagem
do voucher
3. Busca
por família=naobranco, nome científico=embranco, sem imagem
4. Busca
por família=naobranco, nome científico=naobranco embranco (significa só com
o gênero preenchido),
com imagens
5. Busca
por família=naobranco, nome científico=naobranco embranco (significa só com
o gênero preenchido),
sem imagens
6. Busca
por número de catálogo=embranco
7. Busca
pelo campo Reino = embranco
8. Busca
por Determinador em branco
9. Tipo
10. Dados da coleta
Caros Curadores,
Anualmente, no mês de setembro ocorre a Semana da Primavera dos Museus, e no mês de outubro a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, quando diferentes instituições promovem atividades para integração das suas equipes e dessas com a comunidade. Pensamos que esta seria uma excelente oportunidade para que os herbários da Rede INCT-HVFF, juntos, promovessem atividades que dessem visibilidade à rede e ao mesmo tempo trouxesse benefícios para todos. Assim, sugerimos que em setembro e outubro os herbários promovam ações integradas que visem aprimorar e qualificar o seu banco de dados e, consequentemente, os dados de cada coleção disponibilizados pelo INCT-HVFF. Como estas atividades também visam integrar as equipes, elas podem ter diferentes denominações como oficinas, mutirões, saraus (se permitido colocar música de fundo), recital de poesia (a cada intervalo de 2 horas de trabalho uma poesia declamada ou encenada), ou outros formatos que possam ser comportados no espaço de trabalho onde serão realizadas.
Estamos denominando esta ação de “Setembro Verde 2018”.
As atividades podem envolver a identificação de materiais indeterminados com o auxílio de especialistas da casa ou de instituições próximas, ou mesmo de aposentados, que possam dispor de algum tempo trabalhando com alunos e bolsistas, auxiliando na melhoria da qualidade do acervo.
A separação de duplicatas para envio a especialistas que tenham sido contatados previamente, também poderia ocorrer no contexto das atividades programadas para estas semanas.
Outra iniciativa que pode ser desenvolvida por cada herbário é a correção de nomes de espécies redigidos de forma errada; padronização dos nomes de autores de espécies que muitas vezes não seguem as abreviaturas convencionadas mais recentemente; ou a conversão de coordenadas geográficas consideradas suspeitas por estarem em um sistema diferente do assumido para o banco de dados.
O Anexo apresentado a seguir é um texto preparado pela equipe do CRIA indicando os problemas mais comuns que afetam a recuperação e análise dos dados online. Esperamos que esse texto possa contribuir para o sucesso dessa ação integrada, visando a melhora da qualidade dos dados e fortalecimento das nossas instituições. A equipe do CRIA estará disponível para esclarecer dúvidas e orientar as ações.
Esperamos que esta iniciativa tenha o apoio de todos os herbários participantes da Rede INCT-HVFF, e que, dessa forma, possamos avançar na construção de uma rede mais sólida e útil para todos.
Um abraço a todos,
Comitê Gestor
INCT – Herbário Virtual da Flora e dos Fungos
Anexo
Marco Zero
Dados online do INCT - Herbário Virtual da Flora e dos
Fungos
|
03/09/2018
|
Número de registros
|
6.173.278
|
Número de registros com identificação em branco
|
299.101
|
Número de registros só com nome de família
|
227.475
|
Número de registros só com nome de gênero
|
744.713
|
Número de registros com nomes não encontrados
|
311.379
|
Número de registros com nomes sinônimos
|
639.136
|
Registros georreferenciados
|
4.959.265
|
Coordenadas geográficas suspeitas
|
585.593
|
Número de materiais-tipos
|
137.415
|
Número de espécies indicadas como nativas na Flora do
Brasil 2020 que não têm registros indicados no Herbário Virtual on-line (speciesLink)
|
11/07/2018
|
Algas
|
2.098
|
Angiospermas
|
1.434
|
Briófitas
|
171
|
Gimnospermas
|
0
|
Samambaias e Licófitas
|
91
|
Fungos
|
1.985
|
Campanha para aumentar a qualidade dos dados dos herbários na rede speciesLink[1]
Esse texto procura recomendar algumas ações que os
herbários podem desenvolver para melhorar a qualidade dos dados online do
Herbário Virtual da Flora e dos Fungos na rede speciesLink. O Herbário
Virtual hoje (3 de setembro de 2018) possui 201 conjuntos de dados que
compartilham 6.173.278 registros, sendo 4.959.265 georreferenciados. Possui
1.640.972 registros associados com 2.030.551 imagens, 137.415 registros de typus
e 72.218 registros de espécies ameaçadas de extinção. São 85.022 espécies
aceitas distintas, usando como referência a Flora do Brasil 2020 e o Catálogo
da Vida do species2000.
Preenchimento dos campos
Importante
- não incluir comentários ou observações nos campos específicos e adotar
padrões aceitos. Pontos de interrogação, comentários como “não sei” ou até
dúvidas em relação a municípios ou estados devem constar apenas em um campo de
observação. Nomes dos locais devem ser escritos por completo ou usando a sigla
(Ex: São Paulo ou a sigla SP).
Um
campo comumente problemático é “typus”. O padrão é Isótipo, Parátipo, Holótipo,
etc.; ou Isotype, Paratype, Holotype; ou ainda, Isotypus, Paratypus, Holotypus.
É muito comum encontrar esse campo com vários comentários o que faz com que um
espécime cujo campo typus foi preenchido com “não” seja classificado
como espécime tipo pelos indicadores.
Outra recomendação é preencher todos os campos. Muitas
coleções que só têm plantas não preenchem o campo reino ou, mesmo que tenham
também fungos e/ou algas, não mencionam o reino, o que é necessário. Noutros
casos, quando o acervo tem coletas realizadas apenas no Brasil, o campo “país”
da coleta não é preenchido. Os dados de muitas coletas podem deixar de ser
recuperados se o usuário utilizar esses campos como critérios de busca.
A
interface de busca da rede speciesLink (inct.splink.org.br) permite a
busca por campos em branco (digitar embranco no campo indicado) e campos
com dados (digitar naobranco). Trata-se de uma ferramenta importante para
encontrar material não identificado ou para avaliar a qualidade geral dos dados
para determinado campo.
Seguem alguns exemplos.
Dados Taxonômicos
Objetivo:
- preencher o campo Reino;
- fomentar a identificação online de espécimes com imagens;
- fomentar a visita de especialistas em herbários com material não identificado;
- melhorar a qualidade dos dados preenchendo o campo determinador; e,
- preencher o campo tipo corretamente – sem utilizar o campo para comentários.
A
análise a seguir é feita com todos os conjuntos de dados que compõem o HerbárioVirtual online. Se um herbário quiser fazer essas análises somente com os seus
dados é só incluir o código de sua coleção no campo cód. coleção
no formulário de busca.
Oportunidade para taxonomistas!
1. Busca por família=embranco e nome científico = embranco, com imagem
A
busca por espécimes não identificados, mas que possuem imagens pode permitir a
identificação online do material por especialistas. O Herbário Virtual
possui 1.296 registros que atendem esse critério de busca, 120 registros sem
reino, 83 registros de Fungi e 1.093 de Plantae.
2. Busca
por família=naobranco e Nome
científico=embranco, com imagem
do voucher
Nesse
caso também pode ser possível a identificação online do material. O Herbário Virtual
hoje tem 38.074 registros de 296 famílias (nomes aceitos) que atendem esse
critério de busca.
3. Busca
por família=naobranco, nome científico=embranco, sem imagem
Resultado:
189.289 registros de 615 famílias (nomes aceitos). A identificação desse material
teria que ser in loco.
4. Busca
por família=naobranco, nome científico=naobranco embranco (significa só com
o gênero preenchido),
com imagens
Resultado
de registros com imagens: 165.745 espécimes de 500 famílias (nomes aceitos) e
3.107 gêneros (nomes aceitos) que possivelmente poderiam ser identificados
pelas imagens.
5. Busca
por família=naobranco, nome científico=naobranco embranco (significa só com
o gênero preenchido),
sem imagens
Resultado
de registros sem imagens: 568.649 espécimes de 920 famílias (nomes aceitos) e
6.023 gêneros (nomes aceitos) que possivelmente poderia despertar o interesse
de alguns especialistas em visitar o herbário com maior demanda.
Campos em branco – ação para os curadores e técnicos
6. Busca
por número de catálogo=embranco
O
identificador único de um registro é a composição do acrônimo da coleção e o
número de catálogo. No Herbário Virtual há 238.395 registros com o número de
catálogo em branco. Esses registros não podem ser referência em uma publicação
científica.
7. Busca
pelo campo Reino = embranco
Todo
registro deve ter o campo reino preenchido: Plantae ou Fungi. O
Herbário Virtual apresenta 131.733 registros (2,13% dos dados online) sem esta
informação. Uma busca por Reino=embranco e família=naobranco retorna 126.247.
Sem essa informação é impossível saber o número de registros de Plantas e de
Fungos.
8. Busca
por Determinador em branco
O
nome do especialista que identifica o material é um fator de qualidade. É
importante, por exemplo, na análise de duplicatas com determinações diferentes.
No Herbário Virtual o campo Determinador = embranco apresenta 2.362.313
registros, número muito elevado.
9. Tipo
Quando
o usuário filtra uma busca por espécimes tipo, o sistema apresenta os registros
que têm o campo tipo preenchido. É comum encontrar o campo preenchido
com vírgulas, pontos, ponto de interrogação, ou com comentários como não
ou not a type, entre outros. Seria fundamental corrigir essas
distorções, deixando o
campo em branco se o material não é tipo.
10. Dados da coleta
Avaliação
dos dados online do Herbário Virtual:
- Campo país=embranco: 65.544 registros (em mais de 3 mil consta o Estado);
- Campo estado=embranco: 531.744 registros;
- Campo município=embranco: 1.376.269 registros
Os
próximos 3 campos são fundamentais para identificar duplicatas:
- Campo coletor=embranco: 178.210 registros
- Campo número de coleta=embranco: 607.217 registros
- Ano da coleta=embranco: 790.611
26 de jun. de 2018
13 de jun. de 2018
Indicador CITATIONS do GBIF - Global Biodiversity Information Facility
O CRIA, através da sua rede speciesLink, compartilha com outras redes os dados de 166 coleções e sub-coleções biológicas do Brasil, com destaque para os herbários associados ao INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos. São cerca de 4,5 milhões de registros que hoje, no GBIF, representam 70% dos dados de ocorrência de espécimes que têm como origem coleções brasileiras.
Através desse post queremos divulgar um importante indicador que o GBIF disponibiliza para todas as coleções participantes, denominado CITATIONS. Para cada download de dados feito no GBIF é atribuído um identificador único denominado DOI (Digital Object Identifier) que o usuário deve citar como referência aos dados utilizados nas suas publicações. Com isso, é possível associar a fonte dos dados a cada publicação que cita esse DOI, atribuindo a cada coleção os artigos que usaram seus dados.
A figura a seguir mostra a página encontrada para a coleção URM - Herbário Pe. Camille Torrand da Universidade Federal de Pernambuco no GBIF.
A página do herbário URM apresenta informações como o número de registros no GBIF (87,669), o número de citações (13 CITATIONS) e a data da última atualização dos dados (05 de maio de 2018). Também apresenta a aba METRICS, com elementos indicando a qualidade, completude e distribuição taxonômica dos dados.
Mas nesse post queremos destacar o indicador CITATIONS que recupera todas as publicações que citaram DOIs dos downloads que possuem dados do herbário URM. A figura a seguir traz informações sobre duas dessas publicações.
Os artigos são clicáveis e acessando o DOI indicado, é possível obter a quantidade de dados utilizados de cada coleção.
O herbário URM apresenta 3 artigos de 2018 que citam o uso de seus dados. Certamente essa informação é um indicador que mostra a relevância e disponibilidade desse acervo. No entanto, o GBIF alerta ao fato que essa métrica ainda não reflete o uso real dos dados, uma vez que a maioria dos artigos ainda não usa o DOI dos downloads. Consideram ser necessário trabalhar junto aos pesquisadores e editores para melhorar a prática de citação dos dados. Voltando à página do herbário URM, clicando em ACTIVITY, o sistema mostra mais de 7 mil downloads que envolveram dados do acervo URM. É um indicativo que o número de citações em publicações que indicam o DOI do download é muito baixo.
Assim, queremos divulgar mais esse indicador disponível na rede Global que, na nossa opinião, demonstra a importância do compartilhamento aberto de dados e o reconhecimento da comunidade científica global aos dados, portanto, ao trabalho das coleções biológicas brasileiras. Vale a pena conferir!
Aproveito a oportunidade para agradecer ao Daniel Noesgaard (Science Communications Coordinator), Kyle Copas (Communications Manager) e Tim Hirsch (Deputy Director) todos do GBIF, que me explicaram o conceito e a metodologia usada para apresentar esses indicadores.
Através desse post queremos divulgar um importante indicador que o GBIF disponibiliza para todas as coleções participantes, denominado CITATIONS. Para cada download de dados feito no GBIF é atribuído um identificador único denominado DOI (Digital Object Identifier) que o usuário deve citar como referência aos dados utilizados nas suas publicações. Com isso, é possível associar a fonte dos dados a cada publicação que cita esse DOI, atribuindo a cada coleção os artigos que usaram seus dados.
A figura a seguir mostra a página encontrada para a coleção URM - Herbário Pe. Camille Torrand da Universidade Federal de Pernambuco no GBIF.
A página do herbário URM apresenta informações como o número de registros no GBIF (87,669), o número de citações (13 CITATIONS) e a data da última atualização dos dados (05 de maio de 2018). Também apresenta a aba METRICS, com elementos indicando a qualidade, completude e distribuição taxonômica dos dados.
Mas nesse post queremos destacar o indicador CITATIONS que recupera todas as publicações que citaram DOIs dos downloads que possuem dados do herbário URM. A figura a seguir traz informações sobre duas dessas publicações.
Os artigos são clicáveis e acessando o DOI indicado, é possível obter a quantidade de dados utilizados de cada coleção.
O herbário URM apresenta 3 artigos de 2018 que citam o uso de seus dados. Certamente essa informação é um indicador que mostra a relevância e disponibilidade desse acervo. No entanto, o GBIF alerta ao fato que essa métrica ainda não reflete o uso real dos dados, uma vez que a maioria dos artigos ainda não usa o DOI dos downloads. Consideram ser necessário trabalhar junto aos pesquisadores e editores para melhorar a prática de citação dos dados. Voltando à página do herbário URM, clicando em ACTIVITY, o sistema mostra mais de 7 mil downloads que envolveram dados do acervo URM. É um indicativo que o número de citações em publicações que indicam o DOI do download é muito baixo.
Assim, queremos divulgar mais esse indicador disponível na rede Global que, na nossa opinião, demonstra a importância do compartilhamento aberto de dados e o reconhecimento da comunidade científica global aos dados, portanto, ao trabalho das coleções biológicas brasileiras. Vale a pena conferir!
Aproveito a oportunidade para agradecer ao Daniel Noesgaard (Science Communications Coordinator), Kyle Copas (Communications Manager) e Tim Hirsch (Deputy Director) todos do GBIF, que me explicaram o conceito e a metodologia usada para apresentar esses indicadores.
12 de abr. de 2018
O INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos ultrapassa o marco de 6 milhões de registros online
O Herbário Virtual da Flora e dos Fungos hoje compartilha mais de 6,1 milhões de registros e 1,9 milhão de imagens online através da rede speciesLink. São 171 conjuntos de dados de herbários e fototecas do país e 26 do exterior, com herbários participantes em todas as regiões do país. Cerca de 5,8 milhões de registros são de coletas realizadas no Brasil.
Cycas revoluta (LUSC 6531) Herbário de Lages da Universidade do Estado de Santa Catarina |
Em 2017, o Herbário Virtual integrou 441 mil novos registros e 583.105 novas imagens à rede, sendo cerca de 260 mil novas imagens do Jardim Botânico de Nova Iorque. Esses totais representam uma média de 1.208 novos registros e 1.598 novas imagens por dia.
Em 2018, os herbários compartilham 184 mil novos registros e 39.801 novas imagens online. Essa evolução se dá não só através da integração de dados de novos herbários, mas graças ao trabalho de digitação e atualização dos dados online. As colunas do gráfico abaixo representam o número de atualizações mensais e a linha, o número de conjuntos de dados online em cada mês. Podemos observar que na maioria dos meses vários herbários atualizam seus dados mais de uma vez. O gráfico reflete o dinamismo da rede, resultante direto da ação do INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos.
Estatísticas do Uso dos Dados (inct.splink.org.br/showUsage) |
Uma consequência direta do compartilhamento aberto de dados e imagens é o crescimento do seu uso. Mais de 530 milhões de registros do Herbário Virtual foram utilizados em 2017, o que representa uma média de 1,45 milhão de registros utilizados por dia. Também em 2017 foram visualizadas mais de 3 milhões de imagens, o que representa uma média de cerca de 9 mil imagens visualizadas por dia.
Em 2018 a consulta feita por usuários ao Herbário Virtual já é superior a 121 milhões de registros e 940 mil imagens.
As perspectivas são de contínuo crescimento, com a adesão de novos herbários ao sistema e a melhoria da qualidade dos dados dos acervos.
6 de fev. de 2018
geoApis - Plataforma de informação sobre Apicultura e Meio Ambiente
abelha.org.br/geoapis
A tecnologia aliada a uma nova cultura colaborativa pode ajudar a fortalecer a apicultura e proteger as abelhas no Brasil.
Essa é a proposta da geoApis, uma plataforma digital inovadora que cria uma rede integrando associações apícolas e produtores de mel. A ferramenta permite o compartilhamento de informações de forma colaborativa, contribuindo para a profissionalização e melhor eficiência dos apiários.
A geoApis é um novo sistema de informação comunitária desenvolvido pela Associação Brasileira de Estudo das Abelha (A.B.E.L.H.A.) em parceria com o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA) e a MD Educação Ambiental.
As associações que tiverem interesse em participar devem entrar em contato pelo e-mail o geoApis@abelha.org.br. A equipe da geoApis irá pessoalmente na entidade apresentar a plataforma, formalizar a parceria e dar treinamento.
8 de jan. de 2018
Lacunas – versão janeiro de 2018
http://lacunas.inct.florabrasil.net
Em setembro de 2012 foi lançado o sistema Lacunas com o
objetivo de cruzar os dados disponíveis no INCT – Herbário Virtual da Flora e
dos Fungos com os dados publicados na lista oficial das espécies da flora e dos
fungos que ocorrem no Brasil.
A ideia foi criar uma ferramenta para facilmente identificar
as lacunas de dados taxonômicos e geográficos do INCT - Herbário Virtual. Com essa
informação, o Comitê Gestor do INCT pode priorizar a integração de novos
acervos, a digitação de dados e ações para melhorar a qualidade dos dados
on-line.
O banco de dados do sistema permite buscas fonéticas, além
de permitir a associação dos sinônimos a cada nome científico aceito. Assim o
sistema permite comparar buscas exatas com fonéticas e buscas somente com nomes
aceitos ou com a inclusão de sinônimos. Com isso é possível também avaliar
qualitativamente a necessidade de atualização dos nomes e correção de erros de
digitação pelas coleções.
Figura 1. Alguns elementos do relatório Lacunas para Angiospermas (Fonte: Lacunas, Jan/2018) |
Uma nova versão dos relatórios é produzida, no mínimo a cada
seis meses, o que permite observar a evolução qualitativa do Herbário Virtual.
A Lista de Espécies da Flora do Brasil, coordenada pelo
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, hoje denominada Flora do Brasil 2020, também
evoluiu desde 2010, introduzindo novos elementos e novas espécies. Essas
mudanças foram também introduzidas no Lacunas.
Hoje, por exemplo, é possível avaliar o status dos dados dos diferentes grupos
taxonômicos (algas, angiospermas, briófitas, fungos, gimnospermas e samambaias
e licófitas) selecionando apenas espécies nativas, cultivadas ou naturalizadas.
Nesse período também houve a avaliação do CNCFlora do status
de conservação das espécies da flora do Brasil e o MMA publicou nova portaria
com o status das espécies ameaçadas de extinção. Esses dados também foram
incorporados ao sistema.
O
gráfico a seguir mostra uma análise do número de espécies sem registros no
Herbário Virtual em janeiro de 2018, de acordo com dois critérios: (1) busca
fonética, incluindo sinônimos, com ou sem coordenadas geográficas e (2) busca
fonética, incluindo sinônimos, com coordenadas originais consistentes e distintas, ou seja, com coordenadas informadas pelas coleções. A segunda opção não
considera os registros com coordenadas georreferenciadas automaticamente por
aplicativo.
O gráfico mostra, de maneira clara, lacunas mais
significativas de dados dos grupos Algas e Fungos. Esses grupos também têm mais
problemas com o georreferenciamento de seus dados. Fungos que têm cerca de 35%
das espécies citadas na Flora 2020 sem dados no Herbário Virtual, mas passa a
ter 77% se considerarmos apenas registros com coordenadas consistentes e
distintas, informadas pela coleção. Essa comparação mostra que além de integrar
mais dados desses grupos taxonômicos é necessário trabalhar no seu
georreferenciamento.
Até mesmo as espécies que constam na Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção -
Portaria nº 443 de 17 de dezembro de 2014 apresentam 2% das espécies sem
registros no herbário virtual e 14% sem registros se considerarmos coordenadas
geográficas consistentes e distintas, informadas pela coleção.
Muitas outras análises podem ser realizadas, inclusive por
famílias e gêneros. Reiteramos que os relatórios estão disponíveis on-line,
abertos a todos e os blogs do CRIA e do INCT-Herbário Virtual estão abertos a
todos que queiram publicar suas análises.
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