Texto: Dora Canhos, Mariane Sousa-Baena, Eduardo Baena
A rede speciesLink fecha o ano de 2014 compartilhando 7.144.483 registros textuais e mais de 900 mil imagens provenientes de 371 conjuntos de dados (Fig. 1). Mais de 94% dos registros têm material testemunho associado, depositados em coleções biológicas do país e do exterior, estas responsáveis por cerca de 10% dos dados online.
Figura 1. Localização dos provedores nacionais de dados da
rede speciesLink. Veja a relação
em http://www.splink.org.br/showNetwork
Mais de 5 milhões são registros de coleções botânicas, que
estão evoluindo graças ao apoio do CNPq ao desenvolvimento do Instituto Nacional
de Ciência e Tecnologia - Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT-HVFF), coordenado
pela Dra. Leonor Costa Maia da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 2014 a base textual da rede speciesLink aumentou 14%, com a inclusão de 870 mil novos
registros. Mais de 600 mil novas imagens de plantas foram compartilhadas em
2014, representando um aumento de 236%. O acréscimo de conteúdo e o
aprimoramento das ferramentas provavelmente são responsáveis pelo aumento de
163% no acesso à interface de busca.
A nova interface de busca, desenvolvida no escopo do
INCT-HVFF, lançada em outubro de 2012 possui uma série de comandos que permitem
ao usuário visualizar as imagens e dados textuais, comparar e medir imagens
(Fig. 2), produzir gráficos e mapas dinamicamente, e baixar os dados
(download). Em 2014, uma média diária de 1,4 milhão de registros foram utilizados,
o que representa um crescimento anual de 32% em relação a 2013.
Figura 2. Imagens de material vivo de Asteraceae vistas em
mosaico.
Outro indicador importante é a procedência dos usuários. De
acordo com o Google Analytics, mais de 95% dos acessos à rede speciesLink são
procedentes do Brasil. A tabela a seguir mostra os estados que mais acessam o
sistema e que mais contribuem com dados.
Estado
|
Acesso ao sistema
|
Contribuição de dados
|
||
(%)
|
Colocação
|
(%)
|
Colocação
|
|
São Paulo
|
22,1%
|
1
|
22,1%
|
1
|
Rio de Janeiro
|
11,3%
|
2
|
9,8%
|
3
|
Minas Gerais
|
10,8%
|
3
|
6%
|
6
|
Bahia
|
7,1%
|
4
|
7,2%
|
4
|
Paraná
|
6,9%
|
5
|
10%
|
2
|
Rio Grande do Sul
|
5,9%
|
6
|
6,9%
|
5
|
Pernambuco
|
5,5%
|
7
|
3,9%
|
10
|
Santa Catarina
|
4,5%
|
8
|
1,95%
|
11
|
Distrito Federal
|
4,3%
|
9
|
4,86%
|
9
|
Espírito Santo
|
3,5%
|
10
|
4,9%
|
8
|
.......
|
......
|
......
|
5,4%
|
7
|
Amazonas
|
1,4%
|
16
|
Os seis estados que mais contribuem com dados são também
aqueles que mais acessam a rede speciesLink. O estado de Santa Catarina está em
11º lugar na contribuição de dados e 8º em acesso enquanto o estado do
Amazonas está em 7º lugar na contribuição dos dados e 16º em acesso.
A maioria dos acessos ao sistema é feito a partir das
cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Campinas,
Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Vitória (Fig. 3).
Figura 3. Uso da rede speciesLink
no Brasil. Os círculos representam as sessões únicas abertas por cidade no
speciesLink em 2014. Uma sessão é o período no qual o usuário está utilizando
ativamente a rede. Quanto maior e mais escuro o círculo, maior o uso da rede na
região. Fonte: Google Analytics.
A rede integra dados dos acervos de 123 instituições
nacionais e 11 Universidades/Instituições de Pesquisa do Exterior. As coleções
biológicas participantes são mantidas por 88 universidades do país, 31
institutos de pesquisa e fundações, além de uma Secretaria Estadual do Meio Ambiente
e 3 empresas privadas.
Várias coleções universitárias estão associadas a programas
de pós-graduação, o que amplia o uso do sistema, indicando uma possível correlação
entre o compartilhamento e o uso dos dados.
Destaque também deve ser dado à evolução dos sistemas Lacunas e BioGeo desenvolvidos, no escopo do projeto INCT-HVFF. Ao longo de 2014, foram produzidos três relatórios nos meses de janeiro, junho e outubro apresentando as lacunas de dados do Herbário Virtual. A partir de outubro, além das lacunas taxonômicas, o sistema passou a incluir as lacunas geográficas, (http://blog.cria.org.br/2014/11/lacunas-2014.html) integrando os modelos de distribuição geográfica para mais de três mil espécies, desenvolvidos no sistema BioGeo.
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