9 de fev. de 2015

Balanço 2014: speciesLink fecha o ano com média de 1,4 milhão de registros utilizados por dia

Texto: Dora Canhos, Mariane Sousa-Baena, Eduardo Baena

A rede speciesLink fecha o ano de 2014 compartilhando 7.144.483 registros textuais e mais de 900 mil imagens provenientes de 371 conjuntos de dados (Fig. 1). Mais de 94% dos registros têm material testemunho associado, depositados em coleções biológicas do país e do exterior, estas responsáveis por cerca de 10% dos dados online.



Figura 1. Localização dos provedores nacionais de dados da rede speciesLink. Veja a relação em   http://www.splink.org.br/showNetwork 

Mais de 5 milhões são registros de coleções botânicas, que estão evoluindo graças ao apoio do CNPq ao desenvolvimento do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT-HVFF), coordenado pela Dra. Leonor Costa Maia da Universidade Federal de Pernambuco.

Em 2014 a base textual da rede speciesLink aumentou 14%, com a inclusão de 870 mil novos registros. Mais de 600 mil novas imagens de plantas foram compartilhadas em 2014, representando um aumento de 236%. O acréscimo de conteúdo e o aprimoramento das ferramentas provavelmente são responsáveis pelo aumento de 163% no acesso à interface de busca.

A nova interface de busca, desenvolvida no escopo do INCT-HVFF, lançada em outubro de 2012 possui uma série de comandos que permitem ao usuário visualizar as imagens e dados textuais, comparar e medir imagens (Fig. 2), produzir gráficos e mapas dinamicamente, e baixar os dados (download). Em 2014, uma média diária de 1,4 milhão de registros foram utilizados, o que representa um crescimento anual de 32% em relação a 2013.


Figura 2. Imagens de material vivo de Asteraceae vistas em mosaico.

Outro indicador importante é a procedência dos usuários. De acordo com o Google Analytics, mais de 95% dos acessos à rede speciesLink são procedentes do Brasil. A tabela a seguir mostra os estados que mais acessam o sistema e que mais contribuem com dados.

Estado
Acesso ao sistema
Contribuição de dados
(%)
Colocação
(%)
Colocação
São Paulo
22,1%
1
22,1%
1
Rio de Janeiro
11,3%
2
9,8%
3
Minas Gerais
10,8%
3
6%
6
Bahia
7,1%
4
7,2%
4
Paraná
6,9%
5
10%
2
Rio Grande do Sul
5,9%
6
6,9%
5
Pernambuco
5,5%
7
3,9%
10
Santa Catarina
4,5%
8
1,95%
11
Distrito Federal
4,3%
9
4,86%
9
Espírito Santo
3,5%
10
4,9%
8
.......
......
......
5,4%
7
Amazonas
1,4%
16

Os seis estados que mais contribuem com dados são também aqueles que mais acessam a rede speciesLink. O estado de Santa Catarina está em 11º lugar na contribuição de dados e 8º em acesso enquanto o estado do Amazonas está em 7º lugar na contribuição dos dados e 16º em acesso.
A maioria dos acessos ao sistema é feito a partir das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Campinas, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Vitória (Fig. 3).


Figura 3. Uso da rede speciesLink no Brasil. Os círculos representam as sessões únicas abertas por cidade no speciesLink em 2014. Uma sessão é o período no qual o usuário está utilizando ativamente a rede. Quanto maior e mais escuro o círculo, maior o uso da rede na região. Fonte: Google Analytics.

A rede integra dados dos acervos de 123 instituições nacionais e 11 Universidades/Instituições de Pesquisa do Exterior. As coleções biológicas participantes são mantidas por 88 universidades do país, 31 institutos de pesquisa e fundações, além de uma Secretaria Estadual do Meio Ambiente e 3 empresas privadas.

Várias coleções universitárias estão associadas a programas de pós-graduação, o que amplia o uso do sistema, indicando uma possível correlação entre o compartilhamento e o uso dos dados.

Destaque também deve ser dado à evolução dos sistemas Lacunas e BioGeo desenvolvidos, no escopo do projeto INCT-HVFF. Ao longo de 2014, foram produzidos três relatórios nos meses de janeiro, junho e outubro apresentando as lacunas de dados do Herbário Virtual. A partir de outubro, além das lacunas taxonômicas, o sistema passou a incluir as lacunas geográficas, (http://blog.cria.org.br/2014/11/lacunas-2014.html) integrando os modelos de distribuição geográfica para mais de três mil espécies, desenvolvidos no sistema BioGeo.

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