5 de mar. de 2025

 

O Herbário Virtual da Flora e Fungos e o CRIA

Uma história de parceria para a ciência brasileira

O CRIA desde 2008 esteve junto com o Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (HVFF), um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia e ao longo destes 17 anos, o HVFF esteve sob a coordenação da Professora Leonor Maia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A parceria contou ainda com o apoio do CNPq e da Facepe (Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco) e com inúmeras pessoas físicas e jurídicas, uma grande rede de pesquisadores composta por 167 instituições de pesquisa do nosso país. O CRIA foi e ainda é, a instituição responsável pelo desenvolvimento dos sistemas de informação que apoiam e integram dados do HVFF, incluindo o desenvolvimento contínuo da rede speciesLink e a integração de imagens associadas às exsicatas. Ao longo do projeto foram desenvolvidas diversas tecnologias com objetivo de contribuir com a qualidade dos dados e o aumento de sua usabilidade, como o sistema de anotações, a indexação e a qualificação e associação de dados às exsicatas. Um exemplo muito interessante sobre a associação de dados ao registro é o uso e cobertura do solo do MapBiomas associado às coordenadas das coletas dos espécimes.

O INCT-HVFF integra hoje, 249 conjuntos de dados de 167 instituições, oferecendo mais de 13,5 milhões de registros com 6,4 milhões de imagens associadas de forma gratuita e aberta através da rede speciesLink. O sistema também classifica os registros de acordo com seu status taxonômico (aceito, sinônimo, ambíguo ou não encontrado) e a qualidade de suas coordenadas entre outras informações. O CRIA tem orgulho de contribuir para ampliar e dinamizar acesso a essa rede possibilitando uma estrutura de tecnologia única para a esse importante banco de dados que é fundamental para a ciência brasileira.


Celebração dos 15 anos do INCT-HVFF, dezembro de 2024 em Recife / PE.


Gostaríamos de mencionar um agradecimento especial para a Professora Leonor Maia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pela credibilidade e confiança ao longo destes 17 anos.

 

NOVAS HISTÓRIAS DO CRIA NO GOOGLE ARTS & CULTURE: DA CIÊNCIA CLÁSSICA À VISÃO INDÍGENA DA FLORESTA

 

Enquanto a equipe do Google Arts & Culture finaliza os ajustes para o lançamento da página do CRIA, nosso biólogo Fernando B. Matos concluiu em fevereiro de 2025 duas novas histórias, ampliando o alcance do projeto e trazendo novas perspectivas sobre a Flora Brasiliensis e seu impacto na ciência e na cultura.

 

·       Os Pteridólogos da Flora Brasiliensis: o legado dos especialistas em samambaias e licófitas

 

Uma das histórias recém-finalizadas homenageia os pteridólogos que contribuíram para a monumental Flora Brasiliensis. Cinco cientistas europeus foram os responsáveis por descrever as samambaias e licófitas na obra, além do próprio Carl F. P. Von Martius, que já havia estudado esses grupos no seu Icones Plantarum Cryptogamicarum, de 1834.

 

A história apresenta uma introdução sobre o grupo das samambaias e licófitas antes de mergulhar no trabalho desses pesquisadores, oferecendo pequenas biografias e detalhes sobre os grupos descritos por cada um na Flora Brasiliensis. Na época, foram registradas 575 espécies de samambaias e licófitas para o Brasil, um número que, com novas coletas e estudos, mais que dobrou—hoje conhecemos mais de 1.400 espécies no país.

Essa história tem um significado especial para o CRIA, pois foi elaborada com a curadoria científica do professor Paulo Henrique Labiak (UFPR), um dos maiores especialistas em pteridófitas do Brasil e parceiro do INCT-HVFF. Para Fernando, esse trabalho também tem um aspecto pessoal: além de ser pteridólogo, ele teve o Dr. Labiak como orientador durante sua iniciação científica e mestrado, tornando essa colaboração ainda mais especial.

 

·       Martius Revisitado: Natureza, Cultura e Colonialismo

A segunda história, Martius Revisitado, amplia a discussão sobre Carl Friedrich Philipp von Martius, trazendo uma perspectiva crítica sobre seu legado. Inspirada no simpósio de mesmo nome, promovido pela Cátedra Martius da USP, a história propõe um diálogo entre ciência, cultura e colonialismo, revisitando o impacto das expedições científicas europeias no Brasil.

No evento realizado em setembro de 2024, Fernando teve a oportunidade de conhecer pessoalmente a historiadora Karen Lisboa, professora da USP e curadora da exposição Viagem de Spix e Martius pelo Brasil. Karen participou do projeto do CRIA desde o início, auxiliando na proposta e elaborando 7 histórias sobre a expedição de Spix e Martius. Esse encontro presencial reforçou a parceria, consolidando a conexão entre o CRIA e os pesquisadores que estudam o legado dos naturalistas do século XIX.

 

Além disso, Fernando ficou profundamente impactado pela palestra da artista plástica Anita Ekman e do antropólogo indígena João Paulo Lima Barreto. João Paulo, nascido na comunidade São Domingos no Alto Rio Negro, é membro do povo Yepamahsã (Tukano) e possui uma trajetória acadêmica notável: graduado em Filosofia, mestre e doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Em fevereiro de 2021, tornou-se o primeiro indígena a defender uma tese de doutorado em Antropologia Social na UFAM, e sua pesquisa foi reconhecida em 2022 com o prêmio de melhor tese de Antropologia e Arqueologia pela CAPES. Além disso, João Paulo é fundador do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi, uma iniciativa pioneira em Manaus dedicada à valorização e prática da medicina tradicional indígena. Encantado com as perspectivas apresentadas por Anita e João Paulo, Fernando os convidou a contribuir com uma história para o projeto do CRIA no Google Arts & Culture. Para nossa satisfação, eles aceitaram o convite. A história que desenvolveram revisita as coleções de Martius e Spix, destacando a importância de reconhecer e valorizar os saberes indígenas na preservação da biodiversidade e na reconstrução das narrativas históricas.

 

Além do impacto do conteúdo, Martius Revisitado se destaca visualmente: quase todas as imagens utilizadas na história são autorais, mostrando João Paulo Tukano em museus dos Estados Unidos e da Europa examinando coleções que Spix e Martius levaram do Brasil no século XIX. Essas fotografias impressionantes não apenas documentam a trajetória dos objetos e artefatos coletados, mas também simbolizam a retomada da narrativa indígena sobre sua própria história e cultura.

 

UM PROJETO COM POTENCIAL INFINITO

Essas duas histórias são as mais recentes adições ao projeto do CRIA no Google Arts & Culture, cujo lançamento está previsto para abril de 2025. Mas esse é apenas o começo! A Flora Brasiliensis é uma das obras científicas mais extraordinárias da história natural do Brasil, e a expedição liderada por Martius e Spix revelou um mundo de biodiversidade que ainda hoje nos fascina.

 

Transformar esse conhecimento em um acervo digital acessível, envolvente e interativo é uma oportunidade única para ampliar a divulgação científica e inspirar novas gerações. Com novos investimentos, o projeto poderia crescer ainda mais, explorando outras obras naturalistas e integrando pesquisadores de diferentes áreas. Seria fantástico garantir apoio para expandir essa iniciativa, promovendo o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira e contribuindo para sua conservação.

12 de dez. de 2024

 Participação do CRIA na COP-16 em Cali na Colômbia.

Entre os dias 21 de outubro e 1o de novembro de 2024, foi realizada em Cali, na Colômbia, a 16Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, a COP16. Este evento monumental reuniu cerca de 16 mil participantes de quase 200 países, incluindo líderes globais, ministros, empresários, jornalistas, especialistas renomados e organizações não governamentais (ONGs), todos empenhados em discutir e avançar questões fundamentais relacionadas à conservação da biodiversidade.


 A COP16 marcou o primeiro encontro desde a adoção do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal durante a COP15, que estabeleceu metas ambiciosas, como acabar com a perda de biodiversidade até 2030 e proteger 30% das terras e oceanos do planeta. Embora avanços significativos tenham sido alcançados, como a inclusão dos direitos indígenas e a repartição mais justa dos recursos da biodiversidade, o encontro terminou sem um caminho claro para o financiamento, o monitoramento e a implementação dessas metas globais.

O CRIA esteve representado pelo biólogo Fernando B. Matos, que acompanhou de perto as discussões mais relevantes para a instituição. Sua participação focou em três áreas prioritárias: coleções científicas (speciesLink), restauração ambiental (Restaura) e popularização da ciência (Google Arts & Culture). 



  



11 de dez. de 2024

Participação do CRIA no 74o Congresso Nacional de Botânica (CNBOT 2024)

O CNBOT 2024 foi realizado em Brasília no período de 10 a 15 de novembro. O CRIA foi convidado para participar dos seguintes eventos:

  • Oferecer o Minicurso Ferramentas do speciesLink: aprendendo a usar;
  • Mesa redonda: INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos – 15 anos divulgando a diversidade e integrando dados e pessoas; e
  • Plantão no estande do INCT-HVFF

Minicurso: Ferramentas do speciesLink: aprendendo a usar

O minicurso teve por objetivo capacitar os usuários a compreenderem e utilizarem a interface de busca e mostrar as ferramentas de modelagem de nicho ecológico voltadas para projetos de restauração. 

Dora Canhos descreveu o processo de indexação, qualificação e associação de dados aos registros de ocorrência de espécies, base para uma melhor compreensão do uso da interface de busca. Através de um diagrama da rede, descreveu as diferentes etapas do envio e recebimento das imagens e registros de ocorrência de espécies enviados pelas coleções à rede, os serviços de associação e qualificação dos dados e o uso da interface de busca. 

Para o curso foram escritos quatro textos sobre a interface de busca que estão online no cabeçalho da interface de busca no item ajuda
Fernando Bittencourt de Matos apresentou o BioGeo, uma ferramenta desenvolvida pelo CRIA para ampliar o conhecimento sobre a biogeografia de plantas e fungos do Brasil (biogeo.inct.florabrasil.net).  Através de modelos de nicho ecológico, o BioGeo permite a geração de mapas de distribuição potencial das espécies com base nos registros disponíveis na rede speciesLink. Durante o minicurso, foi seguido um tutorial especialmente desenvolvido para o evento, agora disponível online (https://specieslink.net/search/docs/manual-biogeo-pt.pdf). O tutorial oferece um passo a passo completo – desde o cadastro do usuário até a geração de modelos. 

O minicurso também destacou exemplos práticos de aplicação do BioGeo, incluindo artigos científicos que utilizaram a ferramenta em suas metodologias. Em especial, foi apresentado o RESTAURA, um sistema inovador que vem sendo desenvolvido pelo CRIA para apoiar projetos de restauração florestal, utilizando os mapas gerados pelo BioGeo. 

  

Mesa Redonda INCT-HVFF: 15 anos divulgando a diversidade e integrando dados e pessoas

Além do minicurso, Fernando B. de Matos também participou da mesa redonda: INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos – 15 anos divulgando a diversidade e integrando dados e pessoas. 

Mediadora: Leonor Costa Maia (UFPE), Coordenadora do INCT-HVFF
  • Palestra 1: Caminhos percorridos pelo INCT-Herbário Virtual – Maria Regina Barbosa (UFPB);
  • Palestra 2: Xilotecas no INCT-Herbário Virtual: contribuindo para a ciência do país, Sílvia Rodrigues Machado (UNESP);
  • Palestra 3: O papel do CRIA/speciesLink como suporte/base informática para o INCT-Herbário Virtual, Fernando B. de Matos (CRIA);
  • Palestra 4: A importância do Herbário Virtual da Flora e Funga na ciência botânica do Brasil, Jimi Nakajima (HUFU).


Palestra Maria Regina Barbosa sobre a evolução do INCT-HVFF

Estande INCT-HVFF

Para o evento foi montado um estande do INCT-HVFF com uma televisão exibindo diversos vídeos institucionais e depoimentos de representantes dos herbários participantes da rede. O espaço também se destacou como um ponto estratégico para estabelecer novos contatos e fortalecer redes de colaboração.
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Estande do INCT-HVFF no CNBOT 2024


10 de out. de 2024

 

PARTICIPAÇÃO NO WEBNÁRIO AMAZÔNIA EM DADOS PROMOVIDO PELA REDE UMA CONCERTAÇÃO PELA AMAZÔNIA E PÁGINA22

 

Para debater a importância e as características de ferramentas mais recentes capazes de “radiografar” e comparar regiões em temas mais sensíveis, a rede Uma Concertação pela Amazônia e a Página22 promoveram, no último dia 9 de setembro, o Webinário Amazônia em Dados: outras perspectivas para o desenvolvimento. O evento é parte da série Notas Amazônicas, cujo propósito é identificar caminhos para o desenvolvimento sustentável da região. O encontro contou com a participação de especialistas em ciência de dados, meio ambiente e políticas públicas do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), do MapBiomas, e do Índice de Progresso Social (IPS Brasil). A mediação ficou a cargo do coordenador de Redes do Laboratório de Cultura Digital da UFPR/MinC, Jader Gama.

O evento pode ser assistido no link: Amazônia em Dados

 

ACONTECEU EM SETEMBRO A REUNIÃO GERAL DO INCT-HVFF

Nos dias 12 e 13 de setembro de 2024, o INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT-HVFF), um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia do Brasil, celebrou seus 15 anos com uma grande reunião em Recife. O evento reuniu cerca de 150 curadores de herbários de todo o país. A sessão de abertura contou com a participação do reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da diretora científica e da presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE), além de um representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

A programação incluiu apresentações das instituições parceiras do INCT-HVFF, abordando os avanços e desafios da rede, bem como a preparação de duas salas com painéis dos herbários para visitação.

Dora Ann Lange Canhos, Diretora Adjunta do CRIA e Coordenadora de Área (Sistemas de Informação e Pesquisa de Produtos) do INCT-HVFF, e Fernando Bittencourt de Matos, biólogo do CRIA, participaram do evento com as palestras “Uso dos dados de acervos além da taxonomia” e “Novos avanços no speciesLink”. Ambos também contribuíram no grupo de discussão sobre o speciesLink, plataforma fundamental para a integração de dados das coleções.

O CRIA, por meio do speciesLink, tem desempenhado um papel essencial no desenvolvimento e suporte do sistema de informação online do INCT-HVFF, facilitando o acesso e o uso de milhões de registros de plantas e fungos coletados no Brasil. O evento consolidou a importância da rede para a pesquisa científica, bem como para a conservação e restauração da biodiversidade.



                AcimaParticipantes do evento que reuniu cerca de 150 curadores de todo o país.

              AbaixoDora Ann Lange Canhos e Fernando Bittencourt de Matos - CRIA






23 de set. de 2024

Apresentação CRIA/Linear no BioBank Brasil Summit


Estamos vivendo a era de saltos de desenvolvimento tecnológico e destruição ambiental. Nesta era de perda incalculável de espécies biológicas, o conhecimento sobre o material biológico e seus dados associados, depositados em biobancos distribuídos, serão elementos fundamentais no desenho de políticas para um futuro mais sustentável.

A coleta, aquisição, preparo, armazenamento e disponibilização de recursos biológicos e informação associada para diversos propósitos de uso será crucial para os avanços das ciências da vida e aplicações biotecnológicas. Recursos biológicos (e informação associada) de origem humana, animal, vegetal e microrganismos, serão utilizados de forma crescente nos setores de Saúde, Indústria, Agricultura e Ambiente numa abordagem capaz de solucionar problemas complexos, catalisando desenvolvimentos sociais e tecnológicos em diferentes áreas de conhecimento nesta era da sociedade da informação.

A operação consistente de um biobanco envolve a definição de políticas, a rastreabilidade de processos, produtos e atividades, desde a governança do biobanco até as atividades técnicas e operacionais associadas ao biobanco.

O Biobank Brasil Summit é um evento catalisador da interação colaborativa entre diferentes atores de destaque em diferentes áreas de conhecimento e desenvolvimento biotecnológico. O evento será online no dia 24 de setembro de 2024, com inscrições gratuitas.

A apresentação CRIA/Linear no BioBank Summit, liderada por Dora Ann Lange Canhos (CRIA), contará com a participação de Jonatas Guimarães (Linear), Renato De Giovanni e Vanderlei Perez Canhos (CRIA). A apresentação terá como foco a integração do microSICOL ao SICol, um sistema de informação de coleções de interesse biotecnológico, e a rede speciesLink, um sistema de informação integrador de coleções biológicas. A palestra abordará também questões associadas à integração de dados, sistemas de informação no Brasil e exterior, com a adoção de padrões e protocolos internacionalmente aceitos.

Para participar, inscreva-se e receba o link do evento gratuitamente. A NürnbergMesse Brasil é quem organiza este evento piloto para discutir desafios e soluções no segmento.

30 de jul. de 2024

Biobancos Microbianos: Promovendo Inovações para Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (MicroBioBank)

Trata-se de um projeto temático financiado pela Fapesp e coordenado pela UNESP de Rio Claro, que tem por objetivo estruturar uma rede de pesquisadores com um fluxo de trabalho interativo e complementar, para obter biomoléculas inovadoras (novidade química, novos alvos e/ou novos mecanismos de ação) nas áreas da saúde e do agronegócio, a partir dos recursos microbianos dos biobancos participantes no projeto.

 
Na sua vertente de informatização, o projeto prevê uma importante atuação do CRIA com a instalação do software microSICol em dois novos biobancos a serem conectados à rede speciesLink: Coleção de Fungos de Alimentos do ITAL e Coleção do Laboratório de Ecologia de Micro-organismos do IO/USP. Além disso o software microSICol deverá ser atualizado, podendo receber novos dados gerados pelo projeto que serão também compartilhados com a rede speciesLink. Para tanto, a rede speciesLink precisará de ajustes em seus vários componentes para receber dados de novos campos, tratá-los e disponibilizá-los na interface de busca. Estão previstas duas bolsas de treinamento técnico para o CRIA.

 
O CRIA se prepara para a partir de agosto ter sua ação ampliada no projeto com as atividades de TI, inclusive com implementação de bolsa de estudo para área técnica do CRIA.

 


 Pesquisadora Lara Sette realizando coleta de material durante a
OPERANTAR XXXIII, em 2015, na Baía do Almirantado (Ilha Rei George).

Crédito: Adalberto Pessoa Jr. (USP)

 
 Professora Lara Sette, responsável pelo projeto na UNESP Rio Claro,
manipulando amostras de microrganismos no ultrafreezer da CRM, que
conserva o material em -80ºC.

Crédito: Igor Vinicius Ramos Otero

18 de jun. de 2024

O CRIA esteve presente no 1o. Fórum - A.B.E.L.H.A. (10 anos)

Realizado em Brasília no dia 20 de maio, o 1o. Fórum da A.B.EL.H.A ocorreu na sede do CNPQ e o CRIA esteve representado por Dora Ann Lange Canhos e por Rosana Vazoller, que participaram respectivamente como convidada palestrante e moderadora de mesa.

O evento que celebrou os 10 anos, apresentou como tema: ”A Ciência das Abelhas e o Agronegócio”. Entre os temas abordados destacaram-se os serviços de polinização, produção agrícola e as abelhas como bioinsumo, o fomento à pesquisa, mudanças climáticas e o cenário para as abelhas no Brasil e no mundo, iniciativas público-privada para mitigar a perda de colônias de abelhas no Brasil e as ações de comunicação e capacitação para a conservação e o uso sustentável de abelhas no Brasil.

O CRIA teve Dora Ann Lange Canhos como componente do painel 2 com o tema:" Fomento à pesquisa, como avançar no conhecimento sobre polinizadores no Brasil para fundamentar tomadas de decisão”.

Durante o painel o CRIA apresentou os sistemas online resultantes da parceria com a A.B.E.L.H.A. que apoiam a consolidação da e-infraestrutura de dados abertos sobre a diversidade das abelhas nativas do Brasil.

Na Mesa 3, Rosana Vazoller esteve como moderadora da Mesa que teve como tema: “Mudanças climáticas e o cenário para as abelhas no Brasil e no Mundo”.

O fórum reuniu especialistas em torno das soluções para a produção sustentável de alimentos e a conservação da biodiversidade brasileira. Uma oportunidade única para se atualizar sobre como a ciência brasileira está contribuindo para a tomada de melhores decisões em políticas públicas e práticas agrícolas, promovendo uma relação mais harmônica e produtiva entre agricultura e polinizadores.

Para mais informações: www.abelha.org.br

E-book - Ciência das Abelhas - pesquisa e desenvolvimento sobre polinizadores e polinização

 

O livro apresenta em 10 capítulos, os resultados dos nove projetos de pesquisa contemplados na iniciativa inédita de financiamento público-privado elaborada conjuntamente pela Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) a Chamada Pública CNPq/MCTIC/Ibama/Associação A.B.E.L.H.A. nº 32/2017. 

Essa publicação teve por objetivo tornar os dados públicos a qualquer interessado, bem como contribuir para embasar as discussões relacionadas aos polinizadores, com foco em abelhas, e sua relação com a agricultura e a conservação da biodiversidade. A A.B.E.L.H.A. espera  contribuir para as tomadas de decisão, tanto pelas instituições envolvidas nesta iniciativa quanto pelos criadores de abelhas e agricultores.

O livro, organizado por Ana Lúcia Delgado Assad e Kátia Paula Aleixo, está disponível apenas na versão digital em https://abelha.org.br/e-books/.

O Centro de Referência em Informação Ambiental - CRIA, é parceiro técnico e institucional da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas - A.B.E.L.H.A.

O CRIA  participou do projeto CNPq (nº: 400580/2018-7)  Consolidação da e-infraestrutura de dados abertos sobre a diversidade das abelhas nativas do Brasil, sob a coordenação do Prof. Eduardo A.B. Almeida (USP).

O texto sobre esse projeto escrito para o e-book é "A importância da e-infraestrutura de dados abertos sobre abelhas nativas no Brasilde autoria de Dora Ann Lange Canhos1, Cristiano Menezes2, Eduardo A. B. Almeida3.

 

1 Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA)

2 Embrapa Meio Ambiente

3 Universidade de São Paulo (USP)

 

Crédito: Essa notícia foi em parte reproduzida da "Newsletter A.B.E.L.H.A." 

Para conhecer mais sobre o trabalho da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas - A.B.E.L.H.A. acesse:

www.abelha.org.br