Considerada a maior referência sobre informações primárias sobre a biodiversidade no Brasil, nessa semana a rede speciesLink superou a marca de 7 milhões de registros online. A força da rede está essencialmente na integração de competências e na atuação de cada componente, sejam provedores de dados, membros da equipe do CRIA, comitês de coordenação, agências de fomento ou usuários.
A interface de busca da rede speciesLink permite fazer consultas sobre mais de 7 milhões de registros online. Veja o vídeo tutorial sobre a interface de busca e dicas de uso. |
O Brasil é um dos países com maior diversidade biológica no mundo, mas a maioria das informações científicas disponíveis em museus, herbários e coleções microbiológicas do país e do exterior se encontrava dispersa e fragmentada, limitando a compreensão sobre a biodiversidade no país. Em outubro de 2001 a Fapesp aprovou a proposta de projeto apresentada pelo CRIA dando início ao desenvolvimento da rede speciesLink. Inicialmente restrita às coleções biológicas do estado de São Paulo, a rede foi ganhando força com o desenvolvimento de redes temáticas, com foco na integração de dados sobre polinizadores, microrganismos, plantas e fungos (INCT-Herbário Virtual), e iniciativas com foco geográfico, como a rede Taxonline do Paraná e as redes Capixaba e de Minas Gerais, que contaram com o apoio da Fundação Araucária, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo e o Instituto Estadual de Florestas – IEF de Minas Gerais. No início de outubro desse ano, a rede superou o marco histórico de 7 milhões de registros disponíveis online, todos de acesso livre e aberto.
Número total de registros online (verde), de registros georreferenciados com dados originais (azul) e de provedores de dados (vermelho) ao longo do tempo. |
Dados integrados e utilização da rede speciesLink
Atualmente, existem 366 provedores de dados integrados à rede. A cobertura nacional inclui pelo menos um provedor de dados em cada estado da união e no Distrito Federal. Cerca de 70% de dados são de herbários, o que reflete o apoio dado nos últimos 5 anos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do CNPq, ao INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos. Dos 30% dos registros restantes, cerca de 25% são de animais, 0,2% de microrganismos 0,1% de fósseis e 4,7% de coleções abrangentes, como OBIS-Br e SinBiota.Além de integrar dados depositados em coleções nacionais, a rede speciesLink fornece a base para o repatriamento de dados de amostras coletadas no Brasil depositadas em herbários no exterior. A rede integra dados de 10 coleções biológicas do exterior que atualmente representam pouco mais de 10% do número total dos registros online. Do total, mais de 93% dos registros têm material testemunho associado e cerca de 545 mil registros têm imagens associadas. Um servidor de imagens e serviços web associados armazena e gerencia imagens das amostras, disponibilizando-as via internet a todos os interessados.
O sucesso da rede é também refletido pelo seu uso. Em 2013, por meio da interface de busca foram recuperados cerca de 387 milhões de registros, o que representa mais de 60 vezes o tamanho total do acervo disponível no ano passado. Em 2014, apenas entre janeiro e setembro, foram recuperados cerca de 378 milhões de registros pelos usuários. Por recuperados entende-se registros que foram visualizados um a um, plotados em mapas, utilizados em gráficos ou baixados pelos usuários (download). É importante ressaltar que esses números não incluem os registros servidos via serviços web (máquina - máquina).
Destaque deve ser dado à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que além do serviço de armazenamento dos sistemas de informação (ferramentas e dados) em seu Internet Data Center (IDC) em Brasília, é responsável por prover a infraestrutura que permite ampliar a capilaridade da rede e pela conectividade necessária para viabilizar tanto a participação plena de centenas de provedores quanto o acesso eficiente aos dados e ferramentas de interesse público.
Página inicial da rede speciesLink. |
Contribuição para o desenvolvimento científico
Relatos dos curadores e responsáveis pelos herbários participantes do INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos mostram que o compartilhamento aberto dos dados em rede amplia a visibilidade dos herbários, resultando em maior apoio institucional e financiamento de projetos, contribuindo assim para a melhoria dos acervos e dando suporte à pesquisa e aos programas de pós-graduação. Portanto, mais do que a manutenção e o desenvolvimento contínuo de uma infraestrutura de dados e ferramentas, a rede speciesLink gradativamente vem se afirmando como um centro de promoção da e-science no Brasil, promovendo uma cultura de compartilhamento aberto de dados e de conhecimento.Saiba mais!
- Interface de busca e dicas de uso da rede speciesLink [video]
- Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)
- Como participar da rede speciesLink?
- Dados e ferramentas
- Formulário de busca
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