28 de jan. de 2020

speciesLink 2019


O ano de 2019 foi importantíssimo para a rede speciesLink. Destacamos a transferência dos sistemas públicos de informação do CRIA do Internet Data Center em Brasília para o Centro de Dados Compartilhados em Recife, ambas infraestruturas da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Essa ação contou com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e com a parceria fundamental da RNP. Também contou com a cooperação das equipes das coleções biológicas parceiras da rede que compreenderam o momento delicado da equipe do CRIA na manutenção de um sistema tão importante em uma infraestrutura obsoleta e, além de explicitarem o seu apoio junto ao MCTIC, continuaram trabalhando na digitação, atualização e melhora da qualidade dos seus dados online.

Iniciamos 2019 com 483 conjuntos de dados integrados à rede e fechamos o ano com 505, um aumento de 4,6%. Os acervos são mantidos por:
Fonte: Network

  • Universidades brasileiras: 46 federais (56 campi), 21 estaduais (30 campi), 17 particulares e 1 municipal, além de 3 Institutos Federais de Educação e C&T
  • Institutos de Pesquisa brasileiros: 5 federais (8 estados), 19 estaduais e 1 municipal
  • Empresas: 3 públicas (7 estados) e 1 privada
  • Organizações não governamentais no Brasil: 3
  • Pessoas físicas no Brasil: 4 (fototecas)
  • Instituições do Exterior: 30
  • Outras instituições do Brasil: 2
(Fonte: Dashboard)

Assim, quando falamos da evolução do número de dados e informações online, nos referimos ao trabalho em rede, envolvendo equipes de 156 instituições no compartilhamento aberto de dados, do CRIA e da RNP no desenvolvimento e manutenção dos sistemas e das infraestruturas computacional e de comunicação e das instituições de fomento (MCTIC, CNPq, FINEP, FACEPE e A.B.E.L.H.A.).


Evolução da rede speciesLink em números


Fonte: Indicadores

O CRIA registra a evolução do número de registros online desde outubro de 2002, quando foi lançada, ainda de forma experimental, com dados do herbário da Unicamp (UEC). A rede promoveu uma mudança cultural no compartilhamento aberto de dados via Internet, e hoje é compreendida como um importante elemento de divulgação e valorização do trabalho de coleções biológicas.



A rede ainda é dependente do apoio de projetos, tanto para a manutenção e desenvolvimento da infraestrutura, como também para a digitação dos dados e digitalização das imagens. Em 2019 foram acrescidos cerca de 800 mil novos registros e 760 mil imagens. O uso médio foi 1,9 milhão de registros e 11 mil imagens por dia (fonte: Estatísticas do Uso dos Dados).

Mais de 90% dos registros têm uma amostra (voucher) associada ao dado, o que é considerado um dado de mais qualidade uma vez que pode ser reavaliado sempre que necessário. Cerca de 69% dos dados são de coleções de algas, fungos e plantas, 28% de animais, 0,3% de microrganismos e 0,07% de fósseis. Os demais dados são de coleções abrangentes.

São mais de 10 milhões de registros online que, sem dúvida alguma representa um enorme avanço. No entanto, somente considerando as coleções que participam da rede, tem-se ainda mais de 16 milhões de registro a serem digitados e integrados. Isso sem contar das coleções que ainda não participam da rede.

Devemos também destacar a parceria com instituições do exterior que hoje compartilham cerca de 1,7 milhões de registros com a rede speciesLink. Cerca de 74% são dados de algas, fungos e plantas, no contexto do INCT - Herbário Virtual das Plantas e Fungos. 23% são de animais, a maioria  abelhas, graças ao apoio da associação A.B.E.L.H.A. e do CNPq, e peixes, graças à integração voluntária dos dados da Academia de Ciências Naturais da Filadélfia.

Para concluir, novamente gostaríamos de destacar a importância da formação de redes colaborativas que compartilham seus dados e seu conhecimento de forma livre e aberta, acessível a todos os interessados. Esperamos, dessa forma, contribuir para o estabelecimento de políticas e sistemas educativos baseados em evidências científicas.


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