24 de jun. de 2022

Matéria publicada no itforum destaca a parceria CRIA - Google Cloud

 Após o evento Google for Brasil 2022, o CRIA participou de uma coletiva de imprensa com a equipe do Google e o jornalista Marcelo Gimenes Vieira do itforum. Vejam a publicação resultante de Marcelo Gimenes Vieira

Com Google Cloud, Cria quer expandir uso de dados sobre biodiversidade

Migração de sistemas e dados do Centro de Referência em Informação Ambiental para a nuvem abre perspectivas para além da academia



Boa leitura!

15 de jun. de 2022

Google for Brasil 2022

 O CRIA foi convidado a participar do Google for Brasil, o principal evento anual do Google no país, realizado no dia 14 de junho. No evento foram apresentadas várias novas ações e desenvolvimentos do Google com parceiros no país, em busca de um Brasil mais inclusivo, socialmente justo e economicamente sustentável. Entre as ações, foi apresentada por Maia Mau, Head de marketing de produtos do Google para a América Latina e co-líder do comitê interno de sustentabilidade, a parceria com o CRIA para a manutenção de seus sistemas públicos de informação online através do Google Cloud Brasil. Acreditamos ser esse um momento de grande alegria para todos nós por representar um grande passo rumo à preservação da rede colaborativa que nos une, a rede speciesLink, e dos demais sistemas públicos de dados.


Vale à pena conferir o post publicado pela Maia Mau no blog do Google  e o Blog do Google Brasil com todas as novas iniciativas apresentadas no evento. 

3 de jun. de 2022

Convite para participação do WBio2022





WBio2022! Inscreva-se no link:


O WBio2022 possibilita identificar iniciativas transformadoras de governança em biodiversidade de governos locais e subnacionais focando cinco temas estruturais iniciais (Governança, Cidades, Serviços Ecossistêmicos, Áreas protegidas e Ciência) – permitindo o conhecimento de diversificadas ações locais e/ou subnacionais que podem ser emuladas para o futuro desenvolvimento de projetos em diferentes regiões do planeta, reforçando o conceito de agir localmente, e pensar globalmente.

O WBio2022 também vai debater maneiras e meios para que esses projetos se sustentem, baseando-se na liderança de governos subnacionais já envolvidos no Processo de Edimburgo do CBD e suas redes, como Regions4, AC-SNG, GoLS e ICLEI. Um dos principais objetivos do evento é dar início à implementação do GBF em nível territorial, subnacional e local, através de reflexões coletivas que pretendem apontar caminhos para o desencadear a implementação de soluções concretas sobre as principais questões transformadoras e potenciais lacunas no Marco Global de Biodiversidade (GBF) a ser adotada pela CBD COP 15.

Outros objetivos do WBio2022 são:

-Preparar o debate visando estruturar uma plataforma de governança de ações concretas a partir de territórios sustentáveis, destacando iniciativas locais e subnacionais de vários países - dentro do Marco Global de Biodiversidade, com prazo até 2030. 

-Criar um grupo de gestão multicêntrico com pessoas e organizações interessadas para acompanhamento e implantação da plataforma 

-Mobilizar recursos e negócios para a plataforma cooperativa para auxiliar os   principais SNGs e parceiros, para geração de conhecimento, matchmaking e aceleração do desenho de projetos, buscando gerar avanços concretos até 2030, a Década da Ação, sugerida pela ONU;

-Estabelecer acordos com redes líderes e atores internacionais;

-Formar grupos de trabalho nos 5 temas que serão tratados: 

Tema 1. Implementação e governança de comunicação, educação ambiental e sensibilização da sociedade (CEPA).

Tema 2. As cidades: otimizando soluções baseadas na natureza, abordagens baseadas em ecossistemas e restauração de ecossistemas urbanos.

Tema 3. Os territórios subnacionais: economia verde&azul e instrumentos financeiros e de incentivo para projetos e ações em escalas de paisagens marinhas e terrestres, no contexto dos benefícios de serviços ecossistêmicos, considerando integração vertical e horizontal.

Tema 4. Áreas protegidas e outras medidas eficazes de conservação baseadas em área (OECMs) – identificando sinergias público-privadas para conectividade, destacando áreas marinhas e costeiras.

Tema 5. Ciência, geração de conhecimento e monitoramento: intercâmbio de pilotos, estabelecimento de indicadores baseados em ciência, reportes e construção de capacidades em transferência de tecnologia para as atividades desta plataforma de governança, priorizando Florestas Tropicais, destacando em áreas urbanas a restauração, florestas e agricultura, e em energia renovável sensível à natureza.



23 de fev. de 2022

Artigo no Estadão: A retomada do desenvolvimento nacional requer protagonismo da sociedade civil

 Rubens Naves, Presidente do Conselho Deliberativo do CRIA



Diante do declínio acentuado do país, as Organizações da Sociedade Civil tornam-se atores ainda mais estratégicos para a retomada do desenvolvimento. Entretanto, o tema dificilmente tem o destaque necessário no debate público. "Quando cumpre seu papel, mantendo-se distinto tanto do Estado quanto da iniciativa privada, combinando a vocação e a missão públicas do primeiro com a flexibilidade focada em resultados do segundo, o Terceiro Setor não combina com as visões de mundo e os discursos da direita privatista e da esquerda estatizante, que ainda dominam o debate político", explica Rubens Naves.

CONFIRA A ANÁLISE COMPLETA


31 de jan. de 2022

Tributo à Barbara Kirsop

 Dora Ann Lange Canhos em nome da equipe do CRIA




No dia 26 de janeiro de 2022, o CRIA perdeu uma grande amiga, fonte de inspiração e colaboração, uma referência, Barbara Kirsop. Nas décadas de 1980 a 1990 foi pioneira no trabalho de curadoria e informatização da NCYC – National Collection of Yeast Cultures da Grã-Bretanha. Como presidente da Federação Mundial de Coleções de Culturas (WFCC), contribuiu para a implantação de redes colaborativas em diversas regiões do planeta. Vanderlei Canhos e eu a conhecemos em 1985 em uma viagem de visitas técnicas a coleções microbiológicas britânicas e francesas, estabelecidas com modelos distintos de organização. A visita teve como meta estabelecer parcerias para implementar um programa de treinamento com foco na estruturação da rede de coleções microbiológicas no Brasil.  

Realizada com o apoio da Finep e Conselho Britânico, a visita da Barbara Kirsop ao Brasil em 1986, resultou na estruturação de um programa de capacitação de recursos humanos para a organização, gerenciamento e informatização de coleções microbiológicas. Ao longo de uma década foram oferecidos cerca de 50 cursos de treinamento e eventos internacionais abertos a curadores e técnicos de coleções microbiológicas do país. Vanderlei Canhos foi eleito secretário e vice-presidente da WFCC nas gestões de Barbara Kirsop, sendo depois eleito presidente. Tudo isso fomentou a articulação internacional e contribuiu para que a Coleção de Culturas Tropical, CCT, se tornasse uma Coleção de Serviços de reconhecimento internacional.

Em 1985, a Base de Dados Tropical, BDT, publicou o primeiro Catálogo Nacional de Linhagens online através do serviço Cirandão da Embratel. Em 1988 se tornou ponto focal do MSDN (Microbial Strain Data Network) e em 1993 desenvolveu o sistema Bioline International, uma proposta da Barbara apresentada à equipe. A colaboração da Barbara com editores de revistas científicas internacionais resultou na estruturação de um sistema de informação integrador para disseminação on-line dos resumos de artigos publicados em periódicos científicos no Bioline de forma livre e aberta a todos. Aos poucos, essa ideia inicial foi mudando e o interesse do Bioline, ou seja, da Barbara, passou a ser o de disponibilizar a plataforma Bioline para que os países do hemisfério sul pudessem divulgar a sua ciência, publicando artigos de interesse para os seus países nas suas revistas locais.

No processo ela também trouxe o Dr. Leslie Chan da Universidade de Toronto para trabalhar nessa iniciativa junto com a sua equipe. Enquanto o CRIA é responsável por manter e desenvolver o sistema, a Universidade de Toronto é responsável pelo gerenciamento do conteúdo.

Em 2021 foram requisitados em média 1,3 milhão de artigos completos por mês. Alguns indicadores do conteúdo são:


Número de artigos por país (Bioline, Jan, 2022)

Número de artigos por língua (Bioline, Jan, 2022

Em 2013 Barbara esteve no Brasil, no CRIA juntamente com o Dr. Leslie Chan da Universidade de Toronto, nosso parceiro no Bioline, para celebrar os 20 anos dessa iniciativa. 

Foto tirada no evento com Dora Canhos, Sidnei de Souza, Vanderlei Canhos e Leslie Chan (de pé) e sentada, a homenageada Barbara Kirsop (CRIA, 2013).

Para a celebração dos 20 anos do Bioline, a Barbara, sempre muito ativa, fez um levantamento junto aos editores das revistas participantes e constatou o seu impacto e importância. Alguns depoimentos foram registrados e estão no vídeo do evento que conta um pouco da história do Bioline e da homenagem à Barbara que gostaríamos de compartilhar no nosso Blog para que todos possam se recordar dela ou conhecer um pouco da sua história.

https://www.youtube.com/watch?v=8OhdZFZ9x0w

Barbara Kirsop uma verdadeira cidadã do mundo a quem devemos muito.




30 de dez. de 2021

Um ótimo 2022 para todos nós!

Aproveitamos o último post do ano para agradecer a todos os colaboradores e financiadores pela confiança e dedicação no compartilhamento de dados e conhecimento via rede, de forma aberta e livre.

2021 foi um ano muito complexo para o CRIA, que teve sua terceira grande transferência de todos os seus sistemas para outro centro de dados. A primeira ocorreu em 2013, quando os equipamentos do CRIA, em Campinas, foram fisicamente transferidos para o Internet Data Center da RNP em Brasília. Ganhamos muito com essa transferência, um ambiente mais seguro com infraestrutura profissional, incluindo excelente conectividade, além do fortalecimento da parceria com a RNP que também proporcionou a integração do CRIA à Redecomep em Campinas.

A segunda, em 2019, envolveu a transferência dos sistemas do IDC/RNP de Brasília para uma nova plataforma, o Centro de Dados Compartilhados da RNP (CDC/RNP) em Recife. O motivo foi a obsolescência dos nossos equipamentos e, com essa transferência, passamos a contar com os serviços em nuvem da RNP. Novamente o ganho foi grande, uma infraestrutura compatível com as nossas necessidades e uma despreocupação em relação à infraestrutura física necessária para manter nossos sistemas online.

Em setembro de 2020 fomos informados pela RNP da impossibilidade de manter os serviços do CDC por questões orçamentárias. Assim, em 2021 todos os sistemas foram transferidos para o Google Cloud Platform (CGP), dessa vez, numa mudança muito mais complexa por envolver a reestruturação de toda a infraestrutura do CRIA. Isso foi possível por termos recebido um crédito emergencial do Google para garantir que o sistema fosse mantido online enquanto buscamos uma solução mais perene. Portanto, além da transferência propriamente dita, nos preocupamos pela otimização do uso dos recursos para que o crédito concedido dure mais tempo. Novamente ganhamos muito nesse processo. Os grandes destaques são as parcerias com o Google e o MapBiomas, e o desenvolvimento do novo speciesLink, lembrando que a parceria com a RNP continua sendo fundamental.

Em relação ao novo speciesLink, gostaríamos de agradecer também às mais de 200 pessoas que responderam ao questionário lançado online em 2020 com o objetivo de receber um feedback com críticas e sugestões sobre o sistema. Acreditamos que a maior parte das sugestões foram atendidas no novo speciesLink cuja nova interface de busca foi lançada em agosto de 2021, mas continua em franco desenvolvimento. Outros componentes da rede serão lançados em 2022.

Com o uso de novas ferramentas, o sistema de busca ficou muito mais rápido, o que possibilitou a inclusão de filtros geográficos e diferentes formas de visualizar o resultado da busca. Com isso, o uso dos dados, que apresentava uma média de 680 milhões de registros por ano (1,9 milhão por dia), em 2021 apresenta um uso superior a 71 bilhões de registros, o que representa uma média de 195 milhões de registros por dia. A rede hoje disponibiliza 15,7 milhões de registros, portanto o sistema serve mais de 12 vezes o seu acervo por dia.

O número de imagens visualizadas praticamente dobrou, de 3,4 milhões de imagens em 2020 para 6,8 milhões, o que representa cerca de 19 mil imagens visualizadas por dia.

2022 certamente também será um ano desafiador para todos nós, mas acreditamos que a base construída através do trabalho colaborativo e em rede prosperará.

Desejamos um ótimo 2022 para todos!

Equipe do CRIA



17 de dez. de 2021

Race to Zero - Race to Resilience

 Dora Ann Lange Canhos
Centro de Referência em Informação Ambiental - CRIA


No dia 14 de dezembro pp celebramos o 21º. aniversário do CRIA com uma reunião dos nossos Conselhos Deliberativo, Fiscal e Consultivo, Diretoria e equipe. Na ocasião pudemos contar com a palestra da Dra. Jussara de Lima Carvalho, coordenadora da Assessoria Internacional da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) do governo do Estado de São Paulo e presidente do Conselho Consultivo do CRIA. O papel da Dra. Jussara na Secretaria, além da atribuição usual das Assessorias Internacionais, é internalizar as Políticas Globais de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em todas as estruturas da SIMA e empresas e instituições vinculadas.

Em julho de 2021 São Paulo aderiu às campanhas da ONU “Race to Zero” e “Race to Resilience” para zerar a emissão de poluentes até 2050. A Dra. Jussara participou da comitiva do governo de São Paulo que foi à COP26 em Glasgow, de 31 de outubro a 12 de novembro de 2021, onde apresentaram o documento “Plano de Ação Climática do Estado de São Paulo, Diretrizes e Ações Estratégicas – PAC NET ZERO 2050”.


Dra. Jussara apresentou as principais diretrizes do Plano de Ação Climática Net Zero 2050 para atingir, até o ano 2050, a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa – GEE. Apresentou as linhas gerais do plano de ação que inclui a recuperação de 1,5 milhão de hectares com florestas nativas (Refloresta SP); um programa agronômico de produção eficiente combinado com proteção ambiental (Agrolegal) e o novo ICMS Verde que projeta a transferência de um bilhão de dólares norte americanos para municípios com administração ambiental eficiente, nos próximos 10 anos. Também apresentou programas existentes como o programa Nascentes, o de produção agrícola de baixo carbono, mobilidade urbana, arquitetura e engenharia de construções sustentáveis e o zoneamento ecológico-econômico do Estado de São Paulo.

Na reunião em Glasgow, São Paulo reafirmou o seu compromisso com as metas do acordo de Paris, demonstrou que:
  • de acordo com o inventário florestal de 2020, houve um aumento da cobertura vegetal do estado em 5% nos últimos 10 anos; 
  • há um controle do desmatamento legal do estado desde 2008; e que,
  • 62% da energia de São Paulo é renovável.
Durante a reunião foi lançado o projeto Amazônia + 10, uma ação conjunta entre São Paulo e os nove estados da Amazônia legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) em prol da Amazônia. Será investido um valor mínimo de R$ 100 milhões pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para a resolução de desafios de mudanças climáticas da Amazônia Legal.

Esse programa terá quatro grandes áreas de atuação:
  1. conservação da biodiversidade e mudanças climáticas;
  2. proteção de populações e comunidades tradicionais;
  3. desafios urbanos da Amazônia legal; e,
  4. bioeconomia como política de desenvolvimento econômico.
O Governo de SP em breve publicará decretos para aprimorar o programa de Compras Públicas Sustentáveis, Madeira Legal e Pagamento por Serviços Ambientais, além da própria regulamentação da PEMC.

Os Governadores pelo Clima lançaram na COP26 o Consórcio Brasil Verde que tem por objetivo fortalecer a governança socioambiental e climática do país, além de buscar financiamentos internacionais.

É importante também destacar o Acordo Ambiental, um compromisso voluntário com as empresas para redução de emissão de gases de efeito estufa. 

Mais de 1.300 entidades, empresas e municípios já aderiram a esse acordo que pretende induzir a redução de gases de efeito estufa nos próximos 10 anos e incentivar a implementação de novas tecnologias e soluções inovadoras, realçando o protagonismo do Estado na agenda climática.

Por fim, Dra. Jussara destacou a importância do papel dos governos subnacionais na adaptação climática e no fomento científico. Também destacou o ativismo de jovens e dos povos originários na COP26.

A apresentação foi seguida de um debate cujo principal foco foi a sociedade:

Como envolver e engajar a sociedade na questão ambiental?

21 de out. de 2021

O Herbário Fernando Cardoso da Silva (HFC) integra seus dados à rede speciesLink

Antonio A. Carpanezzi, curador do HFC

O Herbário Fernando Cardoso da Silva-HFC situa-se na base física da Embrapa Florestas, na zona suburbana, quase rural de Colombo-PR. Sua primeira coleta é de 1978 e sua trajetória foi lenta e irregular, melhorando nos últimos dez anos. Hoje, a estrutura física é adequada, contando com prédio próprio e um sistema automatizado de climatização simples e eficiente (≤ 18°C e ≤ 50% UR). O acervo soma 10.608 exsicatas, cujos dados estão inseridos em um banco do programa BRAHMS. A equipe é reduzida e experiente, embora não conte com profissionais formalmente instruídos em botânica. As determinações mais complexas têm sido feitas por pessoas externas, destacando-se o corpo técnico do herbário MBM de Curitiba-PR.

O banco de dados do HFC foi incorporado ao speciesLink em setembro de 2021. Não há imagens de exsicatas, pois o HFC não dispõe de mesa fotográfica apropriada. Todavia, imagens constituem um objetivo importante do HFC, seja para auxiliar na identificação, seja para fins didáticos em palestras ou cursos junto ao público leigo. Por isso, como norma de procedimento nos últimos anos, nas coletas botânicas realizadas pela equipe do HFC as plantas vivas ou frescas são fotografadas, originando uma fototeca dentro do BRAHMS ora abrangendo c.450 registros. Tais imagens (três por registro, em média) devem integrar o speciesLink em novembro de 2021.

O objetivo principal do HFC é assessorar a pesquisa florestal da Embrapa Florestas e seus parceiros, voltada à produção sustentável e à restauração de ecossistemas. Assim, tanto a flora nativa como espécies comerciais introduzidas ou asselvajadas são objetos de interesse. Para coletas, há ênfase no sul do Brasil, por aspectos financeiro e de conexão com os projetos em andamento.


a) Prédio do herbário, que ocupa o piso inferior. b) Vista parcial interna. c) Sala de exsicatas, mostrando parte do conjunto de climatização. d) Painel de controle da climatização



Coletas no campo: e) em Barracão/RS, setembro 2012. f) Em Cerro Azul/PR, agosto 2017. Imagens no BRAHMS de plantas vivas de amostras tombadas: exemplos de 2021: g) Solanum atropurpureum e h) Erythroxylum argentinum.

18 de out. de 2021

Madeiras e suas imagens

Carmen Regina Marcati
Laboratório de Anatomia de Madeira
UNESP, FCA, Depto. Ciência Florestal, Solos e Ambiente
Botucatu, SP

A Xiloteca tem como principal objetivo apoiar estudos científicos em madeiras. É fonte importante de informações para a pesquisa, fornecendo possibilidades de identificação e resgate de dados sobre procedência, coletores, local onde estão depositadas as exsicatas e outras informações que auxiliam em estudos.

Sendo a madeira um material heterogêneo, constituído por células organizadas em diferentes direções, o melhor meio de se entender a sua estrutura é através de imagens das suas três secções: transversal, longitudinal tangencial e longitudinal radial. Desta forma, podemos visualizar as mesmas células em diferentes posições.

Estamos alimentando o banco de imagens das amostras da Xiloteca “Profa Dra Maria Aparecida Mourão Brasil” (BOTUw) e esperamos que isso contribua não apenas aos estudiosos da madeira, mas também para aproximar o público em geral a esse universo fantástico que é a madeira.


Registro online da amostra BOTUw 1322 da Xiloteca "Profa. Dra. Maria Aparecida Mourão Brasil"

Para acessar todas as imagens disponíveis da xiloteca BOTUw é só acessar a interface de busca da rede speciesLink e digitar o acrônimo BOTUw.


28 de set. de 2021

Evento: Biodiversity Digitization - Celebrating a decade of progress

 Dora Ann Lange Canhos, Diretora Associada do CRIA



As instituições iDigBio (Integrated Digitized Biocollections), GBIF (Global Biodiversity Information Facility), U.S. National Museum of Natural History (Smithsonian) e National Science Foundation (NSF) organizaram o evento “Biodiversity Digitization: Celebrating a Decade of Progress” nos dias 22 e 23 de setembro de 2021. Mais de mil pessoas de 53 países se registraram para o evento. 

Ao longo de dois dias foram 36 panelistas representando 12 países. O CRIA teve a honra de ser convidado para apresentar a sua experiência na rede speciesLink sobre qualidade e limpeza de dados (Data Cleaning Strategies). 

Os temas discutidos foram:

·      Inovações: Estratégia e Coordenação. Nesse tema foram apresentados trabalhos de produção de imagens 3D, digitalização de grandes coleções de insetos, entre outros.

·    Comunidade. Alguns trabalhos nesse tema foram a mobilização de coleções paleontológicas nos Estados Unidos, exemplos de Crowdsourcing, WeDigBio, automação e mobilização de dados para pequenas coleções regionais, o sistema distribuído Europeu de coleções e a colaboração regional na América do Sul e Caribe do GBIF.

·    Coleções de História Natural e os Grandes Desafios. As apresentações incluíram: Porque precisamos de digitação, machine learning, inteligência artificial em um momento de mudança global; Conectando coleções de história natural e genômica; Como coleções podem contribuir na pandemia; Valoração de dados digitais de coleções; Digitalização de coleções nos EUA nos últimos 10 anos; e, Estratégias de limpeza de dados do speciesLink.

·    What’s next? Para discutir esse tema, as apresentações incluíram: O Mecanismo Coordenador para a Gestão da Informação sobre Biodiversidade na África: Fortalecimento da Ciência, Tecnologia e Inovação; Inovação com participação; Novos fatores que impulsionam a digitalização no Museu de História Natural; Manejo de abelhas: estabelecimento da primeira coleção de referência de Abelhas da África Ocidental; Paleo, µCT, canais de aprendizado profundo e aplicações de pesquisa; Uso automatizado de espécimes digitalizados na botânica; Coleções biológicas como infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento; Saltando de espécimes e amostras do projeto NEON em uma teia de dados vinculados; A comunidade falou: agora, como podemos traduzir palavras em ações?

O evento foi muito bem organizado e todas as apresentações e discussões foram gravadas. Também foram previamente preparados resumos e gravações individuais de cada apresentação. Recomendo o acesso ao wiki da conferência